Ode à Natal

Aí eu desci a ribeira

Querendo chegar no mar

O adarrum e as ondas

Me "apontaro" Maná

Dá ponte pra lá ou pra cá

Conflito regado a sangue

Olhei pro cabra das rocas

Pro pescador e pro mangue

Olhei pra bem na beirinha

Me debrucei na história

Vi tapiocas gingando

os "pinta" sem dar bobeira

No trampolim da vitória

Vi Cascudo, Navarro, e Cirne

Gringo falando "galado"

Em redor de barraco a feira

O resto tudo é história

Aqui tem Jurema sagrada

Tem a geração dos maus

Cajú, Tapuya, e o forte

Tem Segundo e sideral

Dunas de sol e de sal

Tem chuva, cangulo e sorte

Aqui ninguém se dá muito mal

Natal,

Rio grande do Norte.