Cerremos Fileiras Em Torno De Marise Neves de Castro

 

Bem sabemos: existe no inexorável – por ser imutável – Ciclo Vital, os atos de Nascer, Viver e Morrer. O Canto do Cisne: Morrer – o último dos atos deste espetáculo que é a Vida – a todos entristecem. Mesmo sabendo-o inevitável, não o aplaudimos. Quando é chegada a hora de se fechar as cortinas dando fim ao Ciclo Vital, nada pode-se fazer.

 

Ao nascer, somos os únicos que estão chorando. O nosso choro é motivo dos risos dos nossos pais que, felizes, dirão: - O nosso bebê está bem – graças a Deus! – são os nossos pais agradecendo ao Pai Maior: Deus!

 

Os sorrisos que eles exibem colocam nas nossas costas uma enorme responsabilidade na hora de entoarmos o Canto do Cisne – o último dos Atos – para que todos os que estiverem assistindo-o estejam chorando e, que somente o cantor esteja sorrindo por ter passado por todos os demais Atos do Ciclo Vital granjeando amigos que, hoje, lamentam sua partida.

 

Queridíssima Marise Neves de Castro, Dona Clara e “Seu” Jorge riram, ressorriram mostrando o siso, por estarem trazendo ao mundo uma criatura maravilhosa que soube – como eles (Dona Clara e “Seu” Jorge) – arrebanhar inúmeros amigos que, hoje, estão lamentando saber que eles viraram estrelinhas a luzir no éter.

 

Eles estão muito bem, Marise! No Plano Superior – ao lado do nosso Deus Criador onde se encontram – não existem as dores e lamentações. Há somente a paz para o merecido descanso.

 

Acredite – amada Marise Neves de Castro – os seus Confrades desta Confraria Recanto das Letras e os tantos outros que você conquistou – e continuará conquistando no decorrer deste seu Ciclo – estarão sempre ao seu lado com um acolchoado ombro, para acolher a sua cabeça pensante que tanto nos inebria com os seus versejares de belezas ímpares, singulares!

 

Somos – no fechamento das cortinas do teatro da vida – muito egoístas por não aceitarmos o Terceiro Ato: o Canto do Cisne... o apagar das luzes. O cortinar do palco da vida dá por encerrado o Ciclo Vital! Neste momento, o nosso egoísmo fala mais alto, se faz presente. Gostaríamos que os nossos entes amados nunca, jamais se despedissem de nós. Que eles tivessem aquilo que nem nós mesmos teremos: a Vida Eterna! Sei que conformar é difícil... dificílimo, mas é o único caminho a seguir. Você, eu e todos nós – em um dia que somente Deus sabe – iremos encontrar com nossos idos amigos e nossos pais que ascenderam sob a forma de estrelinhas a luzirem no éter!

 

Na esperança de que o encontro de você com Dona Clara e “Seu” Jorge esteja muito distante de acontecer, estarei orando ao Nosso Deus que possa lhe prover de toda a resignação, para que enfrente este momento difícil pelo qual está passando.

 

Tenha em mente: Dona Clara e “Seu” Jorge não querem ver tristeza nos seus olhos. Eles ficarão tristes por ver que a tristeza está marcando a sua vida. Eles a querem feliz... muito feliz. Portanto – e para a felicidades deles – ria, sorria e ressorria.

 

Curta bastante – minha querida Marise de Castro Neves – o penúltimo Ato do nosso Ciclo Vital: o Ato Viver!

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Uma modesta homenagem do autor à Marise Neves de Castro, pela ascensão dos amados Pais que ‘viraram lindas estrelinhas a luzir no éter’!

 

Imagem: Google

Altamiro Fernandes da Cruz
Enviado por Altamiro Fernandes da Cruz em 11/11/2022
Reeditado em 27/05/2023
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