Homenagem à Constantino Rêgo
Hoje 11 de novembro é dia de prestar uma Homenagem à meu pai Constantino, mineiro de Januária, músico clarinetista e saxofonista que nos deixou em 1989 aos 72 de idade. Com minha mãe Flaviana ele construiu uma família de 10 filhos. Sendo o sexto deles, lembro-me bem de suas habilidades que herdou para os filhos, como por exemplo o gosto pelo futebol, pela leitura e escrita, além é claro, da própria música quando, desde criança, mantemos a tradição de tocarmos alguns intrumentos.
Pai foi também operário da Cia. Renascença Industrial - fábrica de tecidos no bairro de igual nome em Belo Horizonte.
Aos sábados pai praticava mais uma outra atividade: cortava cabelo e barbeava o pessoal do bairro operário.
Com essas imagens eu faço alusão á mais uma habilidade.
Nesta colagem, a foto superior é de duas peças utilizadas na Tecelagem da fábrica de tecidos. A que se parece com uma barquinha tem
o nome de Lança e a de seu interior era chamada de Canela onde os novelos de lã eram enrolados.
A segunda foto é só para ilustrar uma caneta esferográfica de madeira, tal como ele reproduzia, adaptando uma carga de caneta BIC na ponta da canela. Depois de pronta, envernizava a caneta, com tinta branca e um fino pincel escrevia um verso de sua autoria, ao longo de seu corpo e ia ao centro da cidade vender seu produto. Infelizmente não encontrei ninguém da família que tivesse um exemplar guardado para abrilhantar a história.
Mas está gravado em nossa memória, como se até hoje ele estivesse dando margens à sua fantástica imaginação.
Ao glorioso pai Constantino, o nosso eterno agradecimento pela dedicação, fartura de habilidades e sabedoria nos deixada.
Com Deus pra sempre Sr. Consta!