Sentada com Drummond
Feriado, fim de tarde
Que tal uma caminhada na praia,
rabiscando a calçada
com pedras portuguesas
Ao longe avistei ali sentado
Sentei-me ao seu lado e pensei
ele ali parado sem poder me dizer nada
Sem me ouvir
Será que depois de partir, é bom se tornar estatua aqui?
Mas ele não pode me responder nada
Só encontro respostas em suas poesias
Que deixaste de herança
Ali vejo meus devaneios e divagações, em um só tom
Mas será que è bom uma estátua Drummond
A chuva molhando seu rosto
Assim como lágrimas na face
O sol queimando seu corpo sem sombra
Assim como amor da vontade de sentar-se
e companhia fazer
Tentando descobrir o que é virar estatua
depois de morrer