Povo de fibra!
Desconheço, quem seja mais valente
Judiado e sofrido, desde menino
Confiante no poder de sua gente
Quem na miséria, nunca perde a fé
Seja criança, velho, homem ou mulher
Aqui falando...
Do nosso povo nordestino!
Duvido existir, “mais feliz” e sorridente
Que do sofrer, faz seu brado forte e seu hino
Sem ódio, apesar da mágoa que sente
Dando valor, ao pouquinho que têm
Sem colocar a culpa, em ninguém
Estou falando do cidadão...
Do povo irmão nordestino!
E quem os veem, dançando e sempre contente
Sem ter nada, de valor, de chic ou de grã-fino
Proseando a vida dura, em versos de belos repentes
Num festival inesgotável, num show de talentos e rimas
Cantando seu canto, por todo canto, a cada esquina
Assim é esse gigante...
Migrante povo nordestino!
Triste ter e ver, quem diga não serem gente
A propagar que penar, seja de fato seu destino
Atacado de modo tirano, vil e inconsequente
Por iguais, a acharem-se, melhor e superior
Quando na verdade o que lhes faltam, é o amor
Sentimento maior...
Que sobra no carinhoso povo nordestino!