37 ANOS
Conhecemo-nos em 1980, cinco anos depois nos casamos. Seguem alguns versos que dizem mais do que qualquer prosa:
1985
Mil novecentos e oitenta e cinco
Pleno quinze de setembro
Nós dois aos pés do altar
Felizes se bem me lembro
Já são trinta e sete anos
E muita vida em comum
Tropeços e desenganos
Nos sonhos de cada um
Somente a base forte
Do amor que Cristo ensinou
Pode ter sido o suporte
Que sempre nos amparou
(Comentando o poema "1985" para Angela Gaspareto, que coincidentemente o publicou em 15 de setembro.)
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LENDO A MÃO
Eu, ainda garotão,
Encontrei-me com Maria
Viu seu M em minha mão
E acreditei, quem diria?
Trinta e sete anos à frente
Sou o mesmo consulente
E creio inda mais na magia...
(À minha cigana, que nunca se engana.)
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NAMORANDO A REGÊNCIA COM LITTERA LU
Transijo com o que escutei,
Não sei se vou aplicar,
Pois não só sonhei com ela,
Como com ela casei.
Pra evitar uma querela:
Será que mudando a lei,
Quando a tal regência entrar?
Me responda, eu imploro,
Eu que inda co'ela namoro,
Vou ter que a namorar?
(Comentário para: "Namorar: regência" de Littera Lu)
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CLAUDICANDO
Já comigo é diferente
Pois com Cláudia me casei
Claudico e ela segue à frente
Ela é tudo que sonhei
Sou o cego e ela a guia
E é a luz que me alumia
Sem ela o que sou nem sei
(Comentando a ‘Prosa Maluca’ de Tiago Duarte.)
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EU & ELAS
Elas são a virtude eu o defeito
Elas são a beleza eu a feiúra
Elas são simpatia eu cara dura
Elas só perfeição eu imperfeito...
Elas são presidente eu o prefeito
Elas democracia eu ditadura
Elas manjar do céu eu rapadura
Elas são predicado eu sou sujeito...
Ela é a princesa eu sou o ogro
Eu sou pura penumbra ela é a luz
Ela é o sucesso eu o malogro...
Ela é o caminho eu sua cruz
Ela é a obra-prima do meu sogro
Melhor prenda que me mandou Jesus...
(Riomar Melo, “Elas e Eu”, emendados no soneto.)
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Ah se Deus nos desse mais trinta e sete… tá tão bonzinho!
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Stelo Queiroga