Brasil por amor
Brasil da hora duvidosa
És um anjo em verso e prosa
Que apanha num açoite
No mesmo rastro onde foste
Vendido por uma grosa!
Não tem resto de medida
Teu grito anda na boca
De quem vende na guarita
Essa terra mãe bendita
E te nega proteção!
Meu Brasil aluvião,
Que deu passo contra-mão
Pelos interesses que nem céu protege
E o inferno dói na pele
Desse povo que expele
Ignorância por ti!
Meu Brasil água de côco
Entre mastros, entre loucos,
De joelhos se aflige
Fomentado em açoite!
Tão vendido , anfitrião!
Até dói de olhos d'água
De joelhos , como chaga
Minha pátria coração!