SOBRE O DIA DOS PAIS

Prólogo

Aquela famosa frase "viva o hoje" se torna ainda mais relevante quando estamos diante de uma data especial, como o Dia dos Pais. Vale salientar que antes de nós – também sou pai – houve uma mãe heroína que nos concedeu a chance de sermos pais. – (Nota deste Autor).

O SER PAI

Ser Pai não é fácil. Ser Pai não é apenas cumprir com o dever imposto pelo artigo 229, da nossa Constituição Federal, ora em vigor, e outras leis correlatas.

Nós Pais temos que ir muito além. Pai é alegria, paz e harmonia, mas sei, por informação dos noticiosos e por ouvir dizer, há Pais desidiosos, relapsos... Existem Pais complicados na socioafetividade, mas isso é exceção!

Ser Pai é cuidar e ser ombro amigo quando todos os supostos amigos se vão. Ser Pai é ser amor, é ser carinho, é ser o melhor exemplo; o super-herói de qualquer criança. O Pai, para o filho(a), mesmo errado, tem sempre razão.

E não basta carregar nos ombros, brincar junto ou dar ao primogênito o próprio nome acrescido de Júnior. Eu fiz isso prazeroso.

Para Wilson Muniz Pereira Júnior e o outro filho (Walter) e filha (Fabianne) sou incondicional e carinho. Para eles e ela quero sempre ser o ombro amigo quando todos os outros, por motivos justos ou não, se vão.

SOBRE O MEU PAPAI JOSÉ MUNIZ PEREIRA

Ser Pai também é ser carrasco, mas com a temperança que o caso requeira em nome de uma necessária formação de caráter exemplar.

Assim foi o meu Papai Muniz. Ora se excedendo, ora me alegrando com a brandura de que pouco ele era capaz, mas tudo em prol de uma boa educação.

Quem não tem mais a presença do Pai, igual a mim, sabe bem o que é isso, isto é, ser admoestado, às vezes, com inflexível rudeza, para não escutar o filho ser chamado de malcriado; para ter um filho "homem de verdade" (assim falava meu Pai).

A SAUDADE QUE DÓI

Encontrava-me a trabalho em Brasília, DF, quando no fatídico dia 14/10/1999 recebi a notícia que não desejo transmitir a ninguém. “Nosso Pai faleceu” – Disse meu irmão Wellington, com a voz embargada ao telefone.

O telefonema foi como um tiro certeiro no meu coração, mesmo já havendo recebido um aviso semelhante, em Campina Grande, PB, na data do falecimento de minha Mamãe Júlia, em 21/03/1983. Desde as supracitadas datas o vazio não foi mais preenchido. Há em mim uma saudade excessiva que dói!

Em mim restam a esperança e alegria de que mais cedo ou mais tarde, para minha filha, filhos e netos também serei igual ao meu Pai ... Serei tal qual um raio de luz multicor, em forma de saudade.

CONCLUSÃO

No dia consagrado aos Pais... Pais e filhos: Reúnam suas filhas, filhos, netos e demais familiares para celebrar esse momento tão especial. Ah! O melhor presente para um Pai vivo é o sorriso dos familiares nos momentos de congraçamentos (datas festivas).

Permaneçam todos juntos, em volta de uma mesa, em fraterna harmonia, mas não esqueçam as filmagens, nem as fotografias, pois dia virá em que só a saudade, como ocorre comigo, preencherá seus corações.

Para o Pai já desencarnado basta uma prece fervorosa, uma lembrança de sua alegria e sorriso ao abraçá-lo quando vivo, ouvindo do filho(a) falando respeitoso: "bom dia ou sua benção meu Pai.".

De uma verdade eu sei: No Dia dos Pais nós somos felizes, mas antes de nós, jamais esqueçam, houve uma Mãe heroína que nos deu a chance de sermos Pais. Por isso e muito mais somos amor incondicional e carinho, um reflexo caricioso, às vezes, apenas uma divertida imitação do que foram os nossos Pais.