Homenagem a dois profetas mortos
Não corre mais água pura nos rios,
Não corre seiva na floresta,
Não mais a paz na imensidão.
O sangue dos animais tornou-se fumaça
Nas queimadas criminosas.
O sangue de profetas,
Religiosos ou ateus,
Que entregam a vida em defesa da vida
Agora se une a tantos outros sangues.
Os rios encheram-se de metais destruidores da vida.
A vida na Amazônia definha
E desaparece até ser esquecida.
Tanto sangue derramado não pode ser em vão
Sua memória será nossa eterna oração,
Para a denuncia,
Para a salvação do que resta.
Bruno e Dom, presente.