Manoel Moitinha
Por Nemilson Vieira de Morais (*)
Com suas maneiras de ser, importâncias (não vista, por muitos)…
Manoel Moitinha, como tantos outros lendários contemporâneos nossos, em Campos Belos, fizeram história, pelas suas simples maneiras de ser, de viver, em suas marcantes trajetórias de vida na cidade (que a providência quisera que estivessem).
Pena que no lugar, na ocasião nós meninos, rapazes, homens feitos, numa quase totalidade, sem uma sensibilidade maior, não dispensamos a estes personagens populares, um carinho, respeito e amor devido. — No entender dos seus anseios, necessidades…
Em muitos casos nem precisavam de muito da gente; apenas um gesto mais humanizado da nossa parte: um dedo de prosa em respeito, o satisfazia.
— Uma atenção a mais, um abraço, um sorriso… Ou tão-somente uma palavra amiga, em algum momento os atendia.
— Ouvi-los atentamente, talvez tenha sido o que mais precisávamos (perdemos essa oportunidade); outras hão de vir.
Ganhos maiores teríamos tido, se tivéssemos compartilhado o melhor de nós a eles; com certeza grandes aprendizados, lições, preciosas teríamos aprendido.
O verdadeiro sentido da vida está na simplicidade das coisas, das pessoas, das almas em suas purezas de coração…
Quantas brincadeiras depreciativas, gracejos desnecessários cometemos a estes ilustres habitantes da nossa cidade, que não saem das nossas lembranças, sem uma noção devida da inutilidade disso.
Procurar entender as pessoas (sem exceção), tentar amenizar de alguma forma seus dramas, seus sofrer, no contexto existencial das coisas, é o que mais ganhamos (há peso eterno nisso).
Manoel Moitinha, como tantos outros moradores especiais da nossa terra, mora em nossos corações.
*Nemilson Vieira de Morais
Gestor Ambiental/Acadêmico Literário.
(01:05:22)