Homenageando Zumbi dos Palmares e Manoel Congo.
Na data de 20 de novembro comemora-se O Dia da Consciência Negra no Brasil. Por essa razão, não devemos deixar de reverenciar as memórias de Zumbi dos Palmares e Manoel Congo.
Segundo os historiadores, há poucos dados disponíveis para uma biografia adequada de Zumbi. Até mesmo o seu nome certo permanece como objeto de discussões, pois, se a grafia clássica é Zumbi, especialistas assinalam que o correto seria Zambi. Mas, a despeito de todas as dificuldades, acredita-se que a História do Brasil estaria incompleta caso Zumbi, herói popular, não fosse incluído.
Em 1660 Ganga Zumba e Gana Zona já ocupavam a chefia dos principais mocambos de Palmares.
No ano de 1668 Alagoas, Porto Calvo e depois Serinhaém assinam a “União Perpétua” contra Palmares.
Os anos de 1671 a 1673 ficaram marcados pela luta aberta pelo Governador de Pernambuco, Fernão Sousa Coutinho, contra o quilombo,com poucos resultados.
Em 1674 foram organizadas novas expedições, ocasião em que os combates se tornaram sangrentos e no ano seguinte, Zumbi é baleado duas vezes.
1678/79- Os partidários de Zumbi não aceitam a paz assinada por Ganga Zumba, o qual é assassinado, recomeçando a luta.
1691- O bandeirante Domingos Jorge Velho lança seus homens contra as tropas de Zumbi, porém sofre um contra –ataque, resultando na devastação de suas fileiras.
1692- Inicia-se a tentativa de cerco às fortalezas de Palmares.
1694- Após três anos, e tendo obtido reforços, Domingos Jorge Velho destrói o quilombo de Palmares.
Finalmente, no ano posterior, denunciado por um prisioneiro, Zumbi é atacado por André Furtado de Mendonça, resistindo até a morte.
O outro herói nacional na luta pela libertação de seu povo foi Manoel Congo, líder da maior rebelião de escravos do Estado do Rio de Janeiro, no período colonial. Na época, mais de 400 escravos se refugiaram nas matas próximas ao Vale das Videiras, na divisa dos atuais municípios de Paty do Alferes com Petrópolis, todos fugitivos da fazenda Freguesia ( atual Aldeia de Arcozelo) e da fazenda Maravilha.
O sonho de Manoel Congo era formar um Quilombo, mas apesar do impacto nacional causado, não conseguiu resistir ao combate contra as tropas da Guarda Nacional, enviadas por ordem do Imperador e sob o comando do Barão de Paty do Alferes, Francisco Peixoto de Lacerda Werneck.
Manoel Congo foi capturado, julgado e condenado à forca por insurreição e morte de dois guardas. Na data de 06 de setembro de 1839, a sua execução realizou-se no local denominado Pedreira, na cidade de Vassouras, onde existe, atualmente, um Memorial em sua homenagem.
Os exemplos de dor, sofrimento moral e cidadania deixados pelos homenageados, orgulho de sua Raça, enseja que façamos uma ponderada reflexão e, por certo, concluiremos que, nós, brasileiros, oriundos da miscigenação de diversas raças, temos o dever cívico e moral de querer bem a todos os nossos irmãos, sem discriminação de cor, raça ou credo. Assim, estaremos respeitando os valores humanos e dignificando os preceitos ideológicos.
Fonte: Arquivo da Divisão de Cultura da Prefeitura Municipal de Paty do Alferes.