Poema da amizade
Somos vela, num barquinho
Que precisa navegar
Dar voltas em mares, tantos
Tantas praias viajar;
Ser corrente e correntezas
Ser, quem sabe solidão
Visitando as profundezas
Tendo por mote, remanso
Navegar, sem ter descanso
Pra dar a morte, seu perdão!
Cuidar, para ser cuidado
Tirar do outro, sanha e dor
Ser amigo, ser amado
Deixando de ser sofredor;
Nunca abrir mão, do bem
Dar adeus as despedidas
Potencializar o bom da vida
Ancorado em outro alguém;
Semear, semente da amizade
Na cova rasa, ferida pelo desamor
Regar com águas de esperanças
Cultivar ali junto a bonança
Pra vingar, frutos do amor!
Baixar vela no aconchego
Içar bem alto, pensamentos
Não ser mais refém dos medos
Que ficaram, às voltas com o vento;
Acordar sonho que fora adormecido
Na solitude de uma ilusão
Ser gostado, ser querido
Pra dar voz ao coração;
Despertar da insensatez
Viver o quê 'nda, nem foi vivido
Ter a quem se reportar
Num belo dia perceber
Que fez você, novo AMIGO!