DA COR DO RESPEITO

Ó, minha negra formosa!

Deus ao te pintar

Pincelou de forma diferente

Em cada detalhe um toque de amor

Vestida com o véu de coragem

A doçura do teus lábios de mel que grita por igualdade

Tua voz grave de contralto é a melodia da alma livre

Seus cabelos trançados que recai sob a pele macia como a pluma

A passarela da vida estende o tapete vermelho para o teu caminhar

Os pés livres de correntes

Ao invés de sinos, mil berimbaus anunciavam a tua entrada triunfal

Teu sorriso divino

Mais sincero que os poemas de Andrade

Não há prata e nem diamante que se compare ao encanto dos teus olhos

Um olhar penetrante de quem clama por paz

Branco, preto e amarelo

Se houvesse respeito

O mundo seria mais belo

20 de Novembro - Dia da Consciência Negra

Lírio Reluzente
Enviado por Lírio Reluzente em 20/11/2021
Código do texto: T7389792
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