Pelo Dia do Livro
No Livro, a liberdade é tomada. Por vezes, tirada.
Lugar que é permitido a alma diluir-se, e o pensamento alforrriar-se.
Nele é recebido o recado, tirada a roupa, revelando a vergonha, retirada a mordaça, estampada a ruaça.
O livro expõe, encena o futuro, narra o presente, e, também, é escrito o que no ontem ocorreu, trazendo as óticas, compartilhadas ou não.
Somente nele que é permitido o realizar na arte do uso das palavras, de dizer e não dizer, contar e não contar.
Traz o percurso do embate na guerra, ditando seu fim, impedindo novos recomeços, e o impulso incessante pela paz e a fraternidade na alma humana nos tempos.
Nele, o amor e da dor vem como ingrediente de alquimista.
Rebaixa o que é a um ponto final, e o ressuscita, podendo levar o que sempre foi ao esquecimento.
O livro, arma ou remédio, cura ou doença, praga que dissemina o caos , ou restabelece o justo e o equánime. Ainda, elixir que promove a evolução e o progresso.
Livro, escriba que reflete a mente do homem.