Mário Quintana. O Poeta da simplicidade.
Natural da cidade de Alegrete no Rio Grande do Sul, o poeta Mário de Miranda Quintana nasceu no dia 30 de julho de 1906 e morreu na data de 5 de maio, de 1994, em Porto Alegre. Trabalhou em vários jornais gaúchos. Devido ao modo simples de resolver as coisas, ficou conhecido como o poeta da simplicidade. Zeloso com tudo que fazia, mas despreocupado com relação às críticas que lhe eram atribuídas disse um vez a um amigo:” Faço poesias porque sinto necessidade.”. Em razão de sua experiência jornalística ingressou, em 1928, no jornal O Estado do Rio Grande. Após ter participado da Revolução de 1930, mudou-se para o Rio de Janeiro, retornando em 1936 para a Livraria do Globo, em Porto Alegre, onde trabalhou sob a direção de Érico Veríssimo. Traduziu obras importantes de autores como: Charles Morgan, Rosamond Lehman, Lin Yutang, Proust, Voltaire, Virgínia Woolf, Papini e Maupassant. Em sua poesia há um constante vestígio de pessimismo e muito de ternura por um mundo que parece, lhe é adverso.
Dentre as principais obras literárias de Mário Quintana destacam-se, a seguir: A Rua dos Cataventos (1940), Canções (1945), Sapato Florido (1947), Espelho Mágico (1948) e O Aprendiz de Feiticeiro ( 1950). Em 1952 suas obras foram reunidas em um único volume, intitulado Poesias.
Outras criações literárias: Pé de Pilão (1968); Apontamentos de História Sobrenatural (1976); Nova Antologia Poética 1982); Batalhão das Letras (1984) e Nariz de Vidro (1984), também tiveram ótima aceitação da parte do público leitor.
A respeito do livro Apontamentos de História Sobrenatural, disse Quintana:
“Eis o meu primeiro livro cujos poemas saem mais ou menos na sua ordem cronológica. Porque antes se reuniam numa ordem lógica; sonetos com seus companheiros de lirismo um tanto boêmio, canções com suas irmãs de dança, quartetos filosofando uns com os outros, diante da seriedade que se presume existir num simpósio, poemas em prosa proseando sobre isto ou aquilo, poemas oníricos com suas perigosas magias de aprendizes de feiticeiros.”
Esta simples homenagem que acabo de prestar ao poeta Mário Quintana inspirou-se no fato de ser ele o patrono do também poeta gaúcho Frederico Guilherme Jaeger, detentor da cadeira nº 18 da Academia de Letras Joaquim Osório Duque Estrada, do município de Paty do Alferes e que aniversariou recentemente.
Dados essenciais : Nova Enciclopédia de Biografias, da Planalto Editorial.