e... ABBA dava duuuuro!
Nos anos 1970 (da metade pra frente) e alcançando a década de 1980, pessoas se agitavam pelo Brasil.
Quero dizer: JOVENS agitavam “cabeça-tronco-membros”. Todos pareciam haver sido atingidos irresistivelmente por uma onda devastadora no cenário da música dançante, por causa de um ritmo novo contagiante.
Os Estados Unidos da América e uma parte da Europa invadiram o nosso território nacional.
Casais redescobriam um jeito de dança-a-dois que era ao mesmo tempo “solto”, sem necessidade de ficar muito grudadinho um no outro. E ninguém se importava se entendia ou deixava de entender as letras das canções, pois boa parte delas eram em inglês.
Até mesmo no interior do Nordeste, muitos jovens pareciam haver deixado de gostar dos ritmos regionais da “dança agarradinha” para se desconjuntarem nas coreografias que nos clubes eram executadas debaixo de uma tal “luz negra”.
Diálogos atípicos se ouviam:
— “Tu compraste o disco novo deles, foi?”
— “De quem? Do Trio Nordestino do Forró?”
— “Não, hômi! Daquele tal de grupo Abba!”
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— “Máh, rapáiz! Tu viste como o sujeito requebra?”
— “Quem? O Sidney Magal?”
— “Não, hômi! Aquele tal de Jontra Vôlta!”
— “Ave Maria! Sou doido pra aprender aquilo! Quer quiser pode criticar!”
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Em todas as Regiões do nosso país continental, as vozes afinadas do grupo ABBA (e também de outros músicos ou de cantores e cantoras “single”) grudavam nas mentes e disparavam as férteis imaginações.
Clubes suburbanos fervilhavam de frequentadores, a “pista” era pequena para aquela ressurreição da brilhantina que voltava a ensebar os topetes masculinos.
Os sucessos da “era Disco” (disco = abreviatura de “discoteca”) foram surgindo aos borbotões em língua portuguesa, pois a concorrência era pesada com as canções em inglês. Valia até tirar do baú a moda da “calça boca-de-sino”; valia também a saia rodada; valia qualquer “jeans”; valia blazer para homem e mulher; mas nos homens as calças tinham que ser folgadas, apenas para parecer que a cintura era de dançarino.
Rodopios, acrobacias de uns marmanjos jogando a dama por cima dos ombros.
Romantismo à flor da pele, pois as letras (quando entendidas) tinham mensagens predominantemente românticas.
E o grupo ABBA...? Era sueco. Porém, seus maiores sucessos eram canções em língua inglesa. Tendo o nome formado por iniciais de seus quatro vocalistas, era um quarteto de homens e mulheres.
Esses daí deram duro para se tornarem um fenômeno que ainda hoje impacta a indústria da música no mundo todo, pois especialistas afirmam que se trata da banda inativa que mais fatura ainda nos dias de hoje. Ops! Inativos coisa nenhuma. Eles estão de volta neste 2021.
Sim, o grupo ABBA deu duro, pois seus artistas estão “na estrada” desde o ano de 1972 (faltando então pouco tempo para a chegada da “era Disco”).
Quer seja você daquele tempo ou não, eles vão mexer com você!
Ops! Parece que você se ajeitou na cadeira sem motivo aparente — é ABBA!