Saci Pererê
Título: Saci Pererê
Autora: Poetisa Sol De Souza
Menino travesso que gostava de aprontar
Fazendo suas traquinagens
Para os outros assustar.
Dizem que ele era maltratado
Por ser negrinho escravo,
Tremia quando via seu patrão
Ficava sempre desconfiado,
O negrinho era sofrido
Estava sempre de castigo.
Foi punido com chicotadas
Por não conseguir ganhar uma corrida,
Após ser surrado, ficou isolado
Tendo que tomar conta dos cavalos,
Com tantas coisas errada que acontecia com o menino...
Os cavalos sumiram e ficou preocupado,
Ele pediu ajuda para a madrinha o ajudar
Conseguiu sua graça com Nossa Senhora.
Dizem que ele chega como redemoinho,
Pronto para fazer suas estripulias
Uma delas era dar nó nas crinas de cavalos,
Se metia até na cozinha e deixavam as cozinheiras malucas,
Trocando o sal pelo açúcar.
Tem quem diga que ele é guardião das ervas medicinais,
E também nascido do broto do bambu ,
Saci Pererê ou Negrinho do pastoreio...
Virou história para o mundo inteiro
Dizem que ele é negro de uma perna só,
Touca vermelha e cachimbo no canto da boca
Com fisionomia de traquinagem
Até hoje é falado da sua imagem
Ah Se alguém quiser pegá-lo, tem que jogar uma peneira no centro do redemoinho...
Registro Autoral: N° 26525103121031
D.A.R.L.9.610-1998