E Agora, Drummond?
E agora, Drummond?
O que direi àquele anjo torto,
que vive na sombra,
sobre o fazendeiro do ar?
E agora, Drummond?
O que direi ao Halley sobre o menino Carlos,
que o contemplou, em 1910,
no Mato -dentro de Itabira?
E agora, Drummond?
O que será da imprensa falada e escrita
sem tua presença?
E agora, Drummond?
Que reação terão estes milhares de leitores
sem teus versos e crônicas?
Agora nos deixas no meio do caminho,
com esta bendita pedra na garganta?
( do livro” ventre de minas” – ventre IV: gerais minas - Editora Aldrava Letras e Artes- Mariana-MG - 2009.)
Homenagem a Carlos Drummond de Andrade pelo seu falecimento ocorrido em 17/08/87.