E Agora, Drummond?

E agora, Drummond?

O que direi àquele anjo torto,

que vive na sombra,

sobre o fazendeiro do ar?

E agora, Drummond?

O que direi ao Halley sobre o menino Carlos,

que o contemplou, em 1910,

no Mato -dentro de Itabira?

E agora, Drummond?

O que será da imprensa falada e escrita

sem tua presença?

E agora, Drummond?

Que reação terão estes milhares de leitores

sem teus versos e crônicas?

Agora nos deixas no meio do caminho,

com esta bendita pedra na garganta?

( do livro” ventre de minas” – ventre IV: gerais minas - Editora Aldrava Letras e Artes- Mariana-MG - 2009.)

Homenagem a Carlos Drummond de Andrade pelo seu falecimento ocorrido em 17/08/87.

JSFerreira
Enviado por JSFerreira em 18/08/2021
Reeditado em 18/08/2021
Código do texto: T7323399
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