“Mi”
Eu pensava ter nascido para contestar!
A tudo e todos, sem distinção.
Não pedia ou aceitava conselhos e opiniões...
Queria impor sempre, a minha verdade.
Individualista, imatura e egocêntrica.
Eu, sempre em primeiro lugar.
A minha dor doía mais.
O meu prazer era mais urgente...
“Se” me fosse conveniente eu faria.
“Se” eu quisesse cederia...
“Se” fosse importante para mim, buscaria.
Mimada, e inconseqüente fui levando minha vida.
Fui fragilidade mascarada de rebeldia...
É... Eu já fui assim...
Mas um dia ...
Deixei de ser o centro do meu mundo!
Gerando uma vida,
vi a beleza do compartilhar...
A vida que crescia dentro de mim, nada me pedia...
Era um fato tão comum,
e ao mesmo tempo, um milagre!
Devagar, invadiu cada cantinho escuro da minha alma...
Abriu portas, janelas,
ventilou mágoas,
dores e decepções.
Uma comporta abriu-se...
Inundando-me de sol e calor...
Vi quem realmente era...
Apenas uma mulher cheia de medo.
Que, pelo passado de dor e abandono,
temia mostrar-se...
Temia baixar a guarda e permitir-se amar e ser amada.
Então entendi que posso ser frágil,
e incrivelmente forte.
Posso ensinar e aprender com você...
Ser pura dependência e a mais absoluta liberdade.
Descobri-me ser humano. Mulher. Mãe...
Minha vida nunca mais será a mesma!
Amar você, me entregar inteira, mudou tudo!
Hoje, importa-me que você seja feliz,
Tuas alegrias e tristezas...
Conquistas ou derrotas...
Porque partilharemos tudo!
Sempre...
Obrigado por cada sorriso,
cada palavra,
por cada gesto!
Por cada um dos momento que juntas passamos!
Por fazer parte da história da minha vida..
Obrigado por ser minha filha,
e por me permitir ser a tua mãe!