AO MESTRE, RICARDO CAMACHO, À ÉPOCA, POETA CARIOCA    
                 ( reedição)



Eis-me, diante dum novo AUGUSTO!
Que não é DOS ANJOS, não me engano;
Da gema, ele , carioca e  " augusto "
Na cerne, o espírito "Augustiano".

Almas congêneres, versar fatal;
Mestres do HEDIONDO em evidência!
Serias tu mediúnico..., tal?
Trazes na essência a clarividência ?

Versátil, versas belamente a morte;
Nuestra muerte..., haja vermes mortais!
Conclamas a nossa medonha sorte,

Carma trazido das cinzas umbrais!!
Ao encontro do Mestre consorte,
Eis que, em visões, o empíreo transpassais!




  INTERAÇÃO  DO  MESTRE
             

  VERSOS AO FINADO

Ao acordar, os dedos tremulentos,
O olhar perdido denúncia o pânico,
O  corpo  escravo   - emocional  tirânico - 
 Contrai-se nos espasmos de tormentos!

A morte espreita pelos pensamentos
Como quem o final do dia aguarda,
Trazendo o frio vento da vanguarda
E a multidão com choros de lamentos!

A liberdade da alma desfigura
Toda aparência bela da figura
Em massa lívida da própria sorte...

E imprime no finado uma meigura,
Cercado dos amigos n'amargura,
Velando o seu querido em plena morte!

            ( Ricardo Camacho )


* DO BAÚ DO TEMPO/ PERFIL ANTERIOR. 







 
Erivaslucena
Enviado por Erivaslucena em 20/07/2021
Reeditado em 21/07/2021
Código do texto: T7303654
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