A PALETA DO GÊNIO: ESTÊVÃO SILVA
O MESTRE DAS NATUREZAS-MORTAS
Estêvão Roberto da Silva (Rio de Janeiro 1844 - Idem 1891) foi um importante pintor e desenhista fluminense, que atuou na segunda metade do século XIX. Foi o primeiro pintor negro de grande destaque a se formar pela Academia Imperial de Belas Artes. As naturezas-mortas notabilizaram Estevão no mundo das artes, no qual é considerado um dos maiores expoentes da arte brasileira no gênero. Estevão foi contemporâneo dos pintores Almeida Júnior, Rodolfo Amoedo, Belmiro de Almeida, Antônio Firmino Monteiro e do escultor Rodolfo Bernardelli. Agostinho José da Nota, que se destacou pintando naturezas-mortas influenciou, sobremaneira, Estêvão que, também, se especializou na pintura de flores e frutos tropicais. Um episódio de sua vida torna-se particularmente conhecido: em uma sessão da Aiba, em 1880, Silva protesta, na presença do imperador dom Pedro II (1825 - 1891), por discordar da premiação destinada a ele na 25ª Exposição Geral de Belas Artes da Aiba. O pintor lecionou no Liceu de Ates e Ofícios do Rio de Janeiro. Além de naturezas-mortas, executou alguns retratos (como o do pintor Castagneto) e pinturas de temas históricos (A Lei de 28 de setembro), religiosos (São Pedro) e alegóricos (A Caridade), entre outros.