Princesinha
Já tracei antes o perfil de minha princesinha.
Irretocável boneca que é a menina dos olhos da madrinha.
Agora cresce, inocente, desconhecendo sua supremacia.
Mal sabendo dos milhares de súditos que arrebatará um dia.
Se eu fosse uma pintora e não poeta amadora,
A pintaria como um quadro de Murillo, o espanhol brilhante.
Que com sua palheta de impecável pintor.
Retratava crianças belas em cenas pueris e tocantes.
És um mimo, e já tens o ar altivo e imponente.
De quem sabe o que o destino te reserva, tu o pressente.
Só contas meio ano, doce princesa infante.
Mas sua realeza durará para todo o sempre.