Libriana (para minha mãe)
Não sei se é do signo solar,
Lua, planeta ou ascendente,
Teu destino é brilhar
Minha estrela incandescente.
Tu és justa, forte e arrasadora,
Libriana meio mineira, das boas;
Mas és baiana e fiscal da lei
que se transforma, camaleoa, e reina.
Tudo que desejo é privar-te, poupar-te
Que a névoa ou a lágrima te nuble os olhos;
Que te franza a fronte a te preocupar
Ou que te estristeça, te frustre algum sonho.
Tens o mundo a teus pés, poderosa;
Já fizeste a sua parte, por demais honrosa.
Agora aproveita os louros merecidos
Por tua arte plantada e colhida.