O SER MULHER E MÃE
Prólogo
Amanhã, 8 de maio, será um dia especial para todas as mães. Dedico este texto a todas as mulheres mães do planeta Terra. No meu entendimento existem quatro principais espécies de mães:
1. MÃE GENÉTICA – É aquela que gerou o óvulo, às vezes, não querendo, isto é, de forma acidental ou criminosa, sem culpa, no caso de um estupro.
2. MÃE BIOLÓGICA – É a grávida que carrega o feto em seu útero por longos desconfortáveis meses e passa pelo parto.
3. MÃE CULTURAL – É aquela que, após o parto, tem a responsabilidade legal (mas também moral e social) de cuidar, nutrir, transmitir cultura. Independente do dever imposto por lei (Vide artigo 229, da Constituição Federal Brasileira, ora em vigor). Essa mãe reúne todas as qualidades que se esperam de quem ama, alimenta zela e protege sua cria dos psicopatas criminosos e animais de todas as espécies.
4. MÃE DESNATURADA – Trata-se de uma negligente criatura, aquela que se desnaturou. Que não tem os sentimentos considerados como naturais. Desumana. Cruel. É aquela cujo papel exercido não se encaixa no que nos é ditado como o de uma mãe exemplar.
AS MUDANÇAS SOCIOPOLÍTICO–CULTURAIS
Mesmo com todas as mudanças sociopolítico-culturais, que sacudiram e mudaram as relações familiares, a condição de vida das mulheres, os arranjos conjugais, as permissividades normatizadas e banalizadas, consideradas normais e etc., ainda é esperado das mulheres que sejam afeiçoadas ao casamento, desejosas da maternidade e mães protetoras, abnegadas.
A BELEZA E A JUVENTUDE CONSUMIDAS PELO TEMPO
Eis o clichê recorrente e considerado obrigatório sua aceitação... “Ganhou nenê? Agora seu corpo tem que voltar ao “normal” o quanto antes, ou você poderá ser considerada uma porca glutona, preguiçosa, inútil e incompetente”.
Sou exceção. Não penso assim! Mas é claro que a maternidade de carne e osso é bem diferente daquela romanceada, não é um mar de rosas. Igual para todas as mulheres a beleza e a juventude muda não só com a maternidade, mas principalmente com o tempo. É nessas condições que devemos amar com mais intensidade nossas mulheres e mães dedicadas à prole.
São inúmeros os depoimentos sobre solidão, exaustão, abusos dos maridos e/ou amantes desequilibrados e sobrecarga de trabalho, para citar apenas alguns. Muitas mulheres ficam com sua saúde física e mental abaladas e, lamentavelmente, muito menos recebem apoio do que são crucificadas.
Os namorados, amantes ou maridos DESEQUILIBRADOS E IRRESPONSÁVEIS as abandonam sem dó nem piedade, quase sempre por uma aventureira mais nova, como se não houvesse um compromisso assumido, sem compreensão e respeito ao que um dia lhe disse com a voz sibilante: “Você é a mulher de minha vida!”.
AS INDESEJÁVEIS MUDANÇAS
Raríssimos são os homens que compreendem e aceitam as mudanças nos corpos de suas mulheres, cujas curvas estonteantes da juventude se transformaram em estrias, excessos de gorduras ou rugas secas.
Os dentes branquíssimos e alinhados de outrora, assim como os olhos melífluos com cílios naturais e longos, agora enfeiam um rosto obeso ou escanifrado, com os cabelos brancos, desgrenhados, numa cabeça sustentada por um pescoço antes liso e fino, mas agora taurino e enrugado.
Sobre o ser mulher e mãe minha visão, respeitando todos os entendimentos contrários, mas teratológicos (monstruosos), é respeitosa e diferente.
Parabéns pelo SER MULHER E MÃE!
O fato de ser mulher já lhe qualifica como uma pessoa especial! Ser zelosa, carinhosa, amável, gentil, sensível, batalhadora e unificadora da paz e harmonia familiar transforma-a numa preciosa joia onde se refletem as mais excelsas beatitudes sociais e quase divinas.
Quando O SER MULHER se torna mãe suas já muito iluminadas qualificações se transmudam no sorriso que conforta e anima na hora mais aflita, numa palavra que acalma e orienta; o seu coração cresce, fica grande e generoso quanto a imensidão do universo e o seu colo transmite a certeza de paz.
Isso ocorre porque O SER MULHER E MÃE é exercitar a paciência diariamente. E perdê-la de vez em quando, entre uma crise de birra e outra do filho (a) inocente, risonho e/ou chorão, sadio ou enfermo.
Ah! Ser mãe também é… sentir aquela mãozinha tão pequena e tão forte, que segura seu dedo como que querendo dizer: “ei, estou aqui para lhe proteger, agora você não está sozinha!”.
SOBRE A MÃE DESNATURADA
Temos acompanhado pela mídia os odiosos crimes perpetrados por mães que protegem seus psicopatas namorados e/ou amantes em detrimento dos seus inocentes filhos. Um dos casos rumorosos foi o mais recente assassinato do menino Henry Borel que só tinha quatro anos de idade.
O que se passará na mente da mãe desnaturada dessa inocente vítima, no dia de hoje, amanhã e seguintes ao imaginar que seu filho poderia estar vivo, saudável, bonito, feliz e sorridente no colo de quem, por ameaça, covardia ou psicopatia não diagnosticada, por comprovada omissão, permitiu o assassinato do próprio filho com requintes de crueldade? Terá um sono tranquilo tão desafortunada criatura? Não creio!
Em virtude da preexistente sociopatia, isto é, da falta do senso de responsabilidade moral ou consciência do criminoso e de sua infeliz coparticipe (MÃE DESNATURADA), creio que a defesa irá apelar para esse doentio estado mental como tese defensiva para lograr uma menor pena na dosimetria da sentença.
Os arrependimentos improficientes e não eficazes não alteram o “statos quo” (o estado das coisas) das maldades que poderiam ser evitadas, se houvesse o mínimo de respeito e amor à dignidade da vítima inocente e indefesa, mas eles, os criminosos, serão julgados por um Júri popular. Certamente serão punidos de forma exemplar!
CONCLUSÃO
Enfim, SER MULHER E MÃE é conseguir ser uma pessoa melhor a cada dia. Porque seu filho (a) merece uma mãe que se aprimora com o tempo. É descobrir que todo o corpo, principalmente o coração, é um espaço infinito e que quanto mais se ama, mais amor cabe no peito que vibra de alegria.
Que você consiga com suas positividades e comprovada resiliência ensinar a quem não conseguiu, ainda, aprender a captar detalhes e entender o que diz o silêncio do filho (a). O SER MULHER E MÃE é sensitiva e entende quando o filho (a) não está bem... E, pasme! Ela sabe, nos momentos mais difíceis, manter o equilíbrio em prol da unicidade familiar.
Resumidamente, mãe é o ser do sexo feminino que gera uma vida em seu útero como consequência de fertilização ou que adota uma criança ou filhote, que por alguma razão não pôde ficar com seus pais. É também o equivalente feminino do pai. A fertilização de óvulos humanos femininos ocorrida “in vitro”, em laboratórios, maternidades ou hospitais.
Mas a verdadeira mãe é aquela que cumpre com denodo a responsabilidade legal, moral e social de cuidar, nutrir, proteger, zelar e educar impondo limites com carinho e paciência, independente do dever imposto por lei.
Essa mãe reúne todas as qualidades que se esperam de quem ama, alimenta zela e protege sua cria dos psicopatas criminosos e animais raivosos de todas as espécies. Por isso e muito mais louvo com muito carinho e prazer todo SER MULHER E MÃE.