Partidas

No mundo há dias de profunda felicidade e dias de profunda tristeza, num comemoramos a chegada, a esperança se revela no choro da criança; no outro as lágrimas transbordam d'alma na partida daqueles que muito amamos.

Ontem foi um dia desses de despedida, partida, no qual lamentamos ter que devolver a irmã do coração, pelos laços da fraternidade universal.

Por quê? Tamanha tristeza? Se ela não nos pertence, pertence ao Pai, e por que tamanha revolta? Se é para a Casa do Pai que ela retorna, acaso Deus amará menos que nós, saberá menos que nós, com que autoridade lamentamos o que não entendemos?

Por que desejamos que bons irmãos permaneçam em nossa Seara de dor? Quando podem voltar a Casa Paterna? Quem somos nós para dizer que não era o dia? Que não era a hora?

O céu com certeza está em festa, pois uma filha justa e boa retornou ao lar depois de cumprir seus deveres de amor, fraternidade e esperança.

Pois foi muitas vezes as mãos estendidas em prol de muitos, foi o sorriso alentador, foi o abraço consolador, foi o afago na dor.

Vá com Deus, vá em paz!