Contextualizando a história de Monte Santo uma homenagem se estende a saudosa irmã Olga Adele Confaloniere
Contextualizando a história de Monte Santo uma homenagem se estende a saudosa irmã Olga Adele Confaloniere
Chegando em Monte Santo no final da década de 90
Com sua missão já definida, foi pela querida irmã
Delurdes, a proposta sugerida: “precisamos de uma religiosa
Experiente e destemida que possa ajudar no trabalho com crianças
E gestantes da pastoral da criança numa situação de calamidade a ser assistida”.
O poder era arredio, a seca maltratava, como socorrer os sertanejos que todos os dias esses braços acolhedores ansiavam?
O Instituto das Irmãs Consolata Nossa Senhora Consoladora
Então decidiu, enviar a Missionária Italiana Olga Adele Confaloniere a esse sertão varonil.
Religiosa muito bem requisitada, enfermeira gabaritada para assumir a missão que lhe aguardava.
Um serviço missionário e social em sua conjuntura, o sertão, todavia se encontrava a necessitar, pois uma grande pobreza se manifesta em distinto lugar.
O trabalho de salvar vidas aqui, se encontrava num processo contínuo e permanente pela congregação Consolata que instava olhar, crianças eram tratadas de desidratação e desnutrição, a base de soro caseiro e multimistura, assim muitas vidas, tiveram oportunidade do sopro da vida acompanhar.
O berço da morte foi vencido pela continuidade de um trabalho enraizado no serviço pastoral, voluntário e social que aqui continuou a florir com o grande empenho e compromisso de Irmã Adele, se comprometeu a assumir, colocando a sabedoria e amor a serviço do povo sofredor.
As sementes plantadas pela sua dedicação, articulação e amor, frutificou formação, resistência, projetos sociais que ao povo viabilizou, a sobrevivência familiar dentro daquela situação de desamparo e dor.
Era esse o reflexo do pedacinho do território do sisal, onde inexistia assistência de políticas públicas que aos necessitados negava o apoio naquele momento de horror.
Irmã Olga conhecia a solução de doenças provenientes da carência alimentar, foi dando continuidade à busca de alimentação alternativa e visando meios de subsistência que a realidade desumana pode contribuir para reverter, o quadro assustador noticiando que 8 crianças por dia chegavam a morrer.
Irmã Olga assim como Irmã Delurdes souberam dá resposta a situação que aqui encontraram, era necessário assistir a realidade com carinho e amor, viabilizando projetos para a subsistência familiar.
Assim, a realidade de Monte Santo conseguiram enfrentar, reconhecendo que nas folhas e cascas de vegetais a nutrição podiam encontrar.
Abraçou também a luta pela implantação dos ACS em Monte Santo para que as líderes comunitárias da pastoral da criança, pudessem o trabalho remunerado adentrar e seguir, sendo estas, voluntarias com formação e experiência que por muitos anos ao trabalho com as famílias puderam contribuir.
A Diocese vendo sua grande articulação, a coordenação diocesana convidou para assumir, desde então, não somente Monte Santo, mas todas as Paróquias da Diocese, recebia a grande missão de uma religiosa que lutava pela vida em várias situações.
Assim esse sertão ganhou um braço forte feminino e destemido que a luta não hesitou.
Partindo aos dois de abril desse ano estando em Roraima, as sementes que aqui plantou não serão esquecidas.
Muitas vidas em Monte Santo, foram por ela marcadas e tocadas a seguir uma caminhada, seja pastoral ou diferenciada, a missão foi edificada, deixando ressoar o grande mandamento de Jesus que diz: Eu vim para que todos tenham vida e as tenham em abundancia e amor.