MÁRTIR MÃE

Devemos manter viva e bendizer

a história dos nossos ancestrais

Com honra, perdão e gratidão.

Valorizá-los nunca é demais.

A vida nos apresenta imprevisíveis cenários:

O acolhimento, o amor, a opressão...

Porém somente o senhor tempo

Nos faz aceitar e aprender a superação.

No desempenho de seus múltiplos papéis:

Minha mãe guardava para si, a dor.

Em meio a humildade, deu a luz

Sendo símbolo do verdadeiro amor.

Foi minha primeira professora

Carmen, meu norte, minha luz...

Apresentou-me os ensinamentos

Do Mestre dos mestres: Jesus.

Ela era extremamente do bem,

De coração puro e cheio de compaixão.

Sempre dava um jeito de dizer sim!

Não havia espaço para o não!

Pelos caminhos em que trilhou,

Marcou a todos com a sua generosidade.

Depois partiu deixando os que a amavam

Com a profunda dor da saudade.

Lembro-me dela, num leito de rosas,

Uma pintura única, irretocável,

inanimada, descansando finalmente.

Fui forçada a dizer adeus.

Assim, ela adormeceu eternamente!

Deixou-me órfã precoce do seu amor,

Dos seus tantos trabalhos, da sua vitalidade...

A solidez do chão se fez inexistente

E experimentei o gosto amargo da saudade.

Gratidão aquela que deu-me a vida,

Porém o mundo costuma maltratar os órfãos.

Sem ela, maio perdeu o sentido, o brilho...

E as lágrimas cristalizaram-se no coração.

Ela viveu o suficiente para completar sua missão.

Pelas lembranças, meu coração foi preenchido.

Dos seus inúmeros ensinamentos, ficou a linda lição:

É preciso aprender dar sem nunca ter recebido!

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@janaina.belle

Palavras Líquidas
Enviado por Palavras Líquidas em 03/04/2021
Reeditado em 09/10/2023
Código do texto: T7223187
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