Dialogando com Clarice
Minha querida Clarice Lispector, tens razão!
O Amor que sinto, minha querida, é tamanho...
Que já não durmo a suspirar minha saudade...
Meu pensamento tem um desejo tão estranho
Minha querida Clarice Lispector, tens razão!
"Sou como me vêem" e finjo ser a pura calma.
Mas o amor já esvaziou o meu coração...
Prendeu-me em casa e exilou a minha alma.
Porém temos mesmo uma coisa em comum
Amadurecemos enquanto éramos trocadas.
Dos meus defeitos não citastes a nenhum
Mas o amor já esvaziou o meu coração...
Prendeu-me em casa e exilou a minha alma.
Porém temos mesmo uma coisa em comum
Amadurecemos enquanto éramos trocadas.
Dos meus defeitos não citastes a nenhum
Minha dor de amor é em lágrimas derramadas.
O Amor que sinto, minha querida, é tamanho...
Que já não durmo a suspirar minha saudade...
Meu pensamento tem um desejo tão estranho
Que me abandona e viaja em vã velocidade...
Vai à procura de ser livre mas acaba na prisão
Do amor grande que o mantém escravizado...
Já não consegue espetar a palma da sua mão.
Vai à procura de ser livre mas acaba na prisão
Do amor grande que o mantém escravizado...
Já não consegue espetar a palma da sua mão.
Pois o espinho da rosa da ilusão já foi podado
Ele não aprendeu como aprender a suportar...
Também não soube ignorar nem se esquecer,
Mas, sua alma já sabe os sonhos afugentar...
Então cedo levanta "e põe sua roupa de viver".
Adriribeiro/@adri.poesias
Poema em homenagem a Clarice Lispector ( 1920 a 1977)
uma das escritoras mais importantes do século XX, por quem eu tenho profunda admiração e uma grande afinidade com o seu versejar assertivo e corajoso.
Escrito por ocasião do seu centenário de nascimento em 10 de dezembro de 2020.
Ele não aprendeu como aprender a suportar...
Também não soube ignorar nem se esquecer,
Mas, sua alma já sabe os sonhos afugentar...
Então cedo levanta "e põe sua roupa de viver".
Adriribeiro/@adri.poesias
Poema em homenagem a Clarice Lispector ( 1920 a 1977)
uma das escritoras mais importantes do século XX, por quem eu tenho profunda admiração e uma grande afinidade com o seu versejar assertivo e corajoso.
Escrito por ocasião do seu centenário de nascimento em 10 de dezembro de 2020.