O MANTO DA BRUTALIDADE

Cássio Quadros e Tiago Garupa...

Eles já eram brutos, muito brutos, mas eis que lhes fora proposto um novo desafio: Conseguir dar três voltas de bike na orla da Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte – MG, totalizando um pouco mais de 54 quilômetros, abaixo de 1 hora e 15 minutos. Desafio esse proposto a toda a comunidade ciclística, pelo também belorizontino e ultraciclista Thiago Drews Brou (Brou Bruto Drews ).

Aquele(s) que conseguir(em) realizar as três voltas no tempo delimitado (abaixo de 1h15), serão dignos de ganhar e vestir “O Manto da Brutalidade”.

Um seleto e diminuto grupo de abnegados, já conseguiu esse feito.

Isso mexeu com o brio do Cássio Quadros, do Tiago Garupa e de tantos outros ciclistas, a ponto de se atreverem a tentar acompanhar o chamado “Pelotão da Brutalidade”.

Tentaram “colar na roda” do pelotão, mas, embora já estivessem em um nível tão elevado, mal conseguiram acompanha-lo por alguns poucos quilômetros.

O jeito era treinar, treinar e treinar, exaustivamente. Perceber as nuances do trajeto, os pontos a aprimorar, a melhor conduta dentro do pelote e se desdobrarem, cada um da sua forma, visando atingir o objetivo.

A cada nova tentativa iam conseguindo “segurar o ritmo” por mais tempo e quilômetros.

E toma-lhes treinos... Afinal, o coração ainda não saiu pela boca.

"Acho que agora dá!" "Vamos colar neles e ir para a morte”.

Indescritível emoção, em conseguir acompanhar o Pelotão da Brutalidade pelas três voltas consecutivas. Agora é segurar a ímpeto e verificar se o relógio lhes fora favorável.

“NU, CARAMBA, PTQP, CONSEGUI! CONSEGUI O MANTO!”

Trêmulos, corações acelerados, olhos marejados, lágrimas incontidas... A ficha não cai para ambos, cada qual no seu canto, em sua particular solidão.

Podem se orgulhar, caríssimos Cássio Quadros e Tiago Garupa. Vocês se tornaram dignos de vestir "o Manto da brutalidade”.

Lembram-se quando parecia inatingível acompanhar os galáticos?!

Orgulhem-se: vocês tornaram possível “o impossível” e vão continuar a inspirar a nós outros, os simples mortais.

Rafael Arcângelo
Enviado por Rafael Arcângelo em 30/03/2021
Reeditado em 30/03/2021
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