"Assim viveu a flor
Que mesmo na dor
Foi formosa
Inquieta e calorosa

Não lhe falta a cor
Vermelha do amor
Cheia de prosa
Sabichona essa rosa!

Dançarina da chuva
Ponto fora da curva
Soa eterna esperança
Renascendo em viva criança."


Memórias são roseiras, infinitas, inquietas, espinhosas na saudade e sedosas de esperança.

Ouça e repita, como num réquiem infinito: a arte existe porque a vida é efêmera!

Duradoura? Nas angústias, parece suprimir a eternidade. Na volúpia, percorre e finda o tempo, sem consenso.

Assim foi Maria Helena, suave como a brisa e forte como a tempestade. Sua pintura, única e despretensiosa, de bagagem folclórica, figura costumes típicos da cultura popular brasileira e usa de referências formais na representação das mais variadas linguagens das artes.

O legado de todo artista se mensura pela persistência da obra, entre espaço e tempo. Assim, ela permanecerá viva em suas criações, inquieta nos corações e vigorosa nas memórias dos seus.

Com meus sinceros agradecimentos, ao mais profundo sentimento dedicado à Maria Helena Breda. 
Rafael Zafalon
Enviado por Rafael Zafalon em 28/03/2021
Reeditado em 28/03/2021
Código do texto: T7218271
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