Meu outonario
Nem quente'nem frio,
urge meu outonario,
nesse meu diapasão,
Necessito silêncios,
olhos e ouvidos atentos
presos a nova estação,
Preciso ser mudo
pra aceitar a poda
e compreender a muda,
Porque tudo hiberna,
Em diapausa tudo muda,
A pele, Os pelos
As penas, As folhas
As escamas e os cabelos
A direção dos ventos
velocidade, temperatura,
O criador e as criaturas
Mea culpa,... essas não:
Para as aves, os céus
Para as árvores, o chão
Para os peixes, as águas
Para a humanidade,
Hão caminhos e a lição
Pra que a vida aqui se renove
outras definharão...