Outras homenagem, incluindo: JOAQUIM JOSÉ DA SILVA XAVIER: RECORTE BIOGRÁFICO E REPERCUSSÕES HISTÓRICAS

Enviado vários poemas e artigos meus, dentre eles , os que estão abaixo à Academia de Letras de São João del-Rei, MG

Homenageio a Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São João del-Rei, Volume XIV, V.XIV (2020), São João del-Rei.

ISSN 1 677-2865, 1. História. 2. Geografia. 3.Cultura - Periódico , Edição comemorativa dos cinquenta anos da fundação do Instituto Histórico e Geográfico de São João del-Rei.

http://www.academialetrassjdelrei.org.br/Contato

Solicitação de abertura de processo de servo de Deus ao Padre Miguel Andrade Leite ( * 29 de setembro de 1912; + 30 de setembro de 1976), de São Miguel Arcanjo (Cajuru), MG.

Obrigado, de fato, Jesus é o Salvador e a meta nossa irredutível... E Maria a Mãe de Jesus e Nossa Senhora ou Nossa Mãe também na Cruz e no Pentecostes em Jo 19,25-27, Gal 4, 4 Atos 4.14

https://www.recantodasletras.com.br/homenagens/7090397

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HOMENAGEM à DONA IRENE SACRAMENTO E aos OUTROS PADRES, ao cantor Leigo Dimas Luiz Do Carmo etc. VENI VENI EMMANUEL (CANTO GREGORIANO)

MEUS SONETOS EM:

A TRADIÇÃO DA DIFERENÇA E HISTÓRIA DE FORMAS em PEREIRA, JOSÉ J. B. MOMENTOS POÉTICOS

– Divinópolis, MG: Ed. Sefor, 2006.

https://www.recantodasletras.com.br/teoria-literaria-sobre-soneto/6072177

https://www.recantodasletras.com.br/homenagens/7144415

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HOMENAGEM ao Dimas Luiz Do Carmo e SUA LINDA VOZ SÃOJOANENSE... CANTOR MOR E AMIGO DA INFÂNCIA

José João Bosco Pereira

12 de agosto de 2020 às 23:09

https://www.recantodasletras.com.br/homenagens/7033785

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Minha homenagem à Academia de Letras de São João del-Rei (criada em 08 de dezembro de 1970) em 10/12/2020.

História com boa e linda Gente Mineira e frutos em

qualidade e quantidade!

J B Pereira

Membro correspondente

https://www.recantodasletras.com.br/homenagens/7132280

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São João del-Rei. MG: cidade barroca (fundada em 1790) e Diocese desde 1961, pelo seu aniversário em 2020. Homenagem à Bicentenária Orquestra Ribeiro Bastos em 13/12/20.

Salmos 150

"Louvai ao SENHOR. Louvai a Deus no seu santuário; louvai-

o no firmamento do seu poder." Salmos 150:1

https://www.bibliaonline.com.br/acf/sl/150

https://www.recantodasletras.com.br/homenagens/7132213

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Homenagem ao Padre Clécio Alencar pela sua presença "in persona Christi" em Cajuru, MG

Parabenizo ao Pároco da Paróquia de São Miguel Arcanjo / S. M. do Cajuru-MG: Nosso Padre Clécio Alencar pela sua presença nessas comunidades.

https://www.recantodasletras.com.br/homenagens/7115319

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Abgar Antônio Campos Tirado: Parabéns pelos seus 82 anos de vida! Homenagens de amigos de toda São João del-Rei, MG

Vivas ao nosso querido professor Abgar, que, no nosso coração, para o Ilustre católico e musicista sãojoanense, há sempre lugar.

Jose João Bosco Pereira

Membro correspondente da Academia de Letras de São João del-Rei/MG

https://www.recantodasletras.com.br/homenagens/7104594

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SÃO JOÃO DEL-REI

Mário Celso Rios1

(in memoriam)

Longe da metrópole, com bravura, sua História ocorreu.

E, às margens de um rio, a vila, irrequieta, incandesceu!

Amores, correspondidos ou não, entreteciam dramas.

Confabulava-se por liberdade em imprevisíveis tramas.

O Sangue derramado, a humilhação dos Inconfidentes,

Decisivos foram para o sonho do Tiradentes.

Pedras sobre pedras, pontes a desbravar caminhos

Ir-vir, olhares, gestos, mistério, aos torvelinhos.

Sinos repicando a vida: templos adornados;

O Pilar: singelas festas de santos irmanados,

Lirismo: orquestras tocando melodias cordiais.

Nos Campos das Vertentes, conspirou-se pelas sendas.

Eram os filhos da aventura em cor de lendas,

A esculpir na Coragem e Valentia seus sinais.

1 Presidente da Academia Barbacenense de Letras, recentemente falecido

(p.9)

https://ihgsaojoaodelrei.org.br/wp-content/uploads/2021/03/revistaIHG2020onlinevolXIV.pdf

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JOAQUIM JOSÉ DA SILVA XAVIER:

RECORTE BIOGRÁFICO E REPERCUSSÕES HISTÓRICAS

por

Wainer de Carvalho Ávila

Titular da Cadeira 5

Academia de Letras de São João del-Rei, MG

wainer.avila@yahoo.com.br

"Nesta manhã ensolarada de 08 de abril de 2.018, diante deste

Plenário do IHG-SJDR, contemplo uma sociedade brasileira

conturbada por tantos e tão tristes acontecimentos, onde forças

sociais se digladiam quanto e contra um projeto de nação para o

Brasil. Nenhuma novidade, então, já que vou me referir aqui aos

esforços históricos que desde a Colônia buscou-se quebrar os grilhões

que ataram e atam o desenvolvimento socioeconômico deste país.

Desde ser colônia do reinado Português até se inserir ainda hoje

como provedor de raw materials num mundo globalizado e

dominado pelas grandes potencias, quase imperiais, em uma

economia de mercado imperfeito, capitalista.

O olhar aqui se volta para o Brasil do Século XVIII e peço

licença para usar essa tribuna para fazer um louvor ao Patrono da

Cadeira 05 para a qual fui eleito. Para saudar a memória de um

lutador pela liberdade, o Alferes Joaquim José da Silva Xavier, o

Tiradentes, conforme exponho a seguir.

No dia 12 de novembro do ano de 1746, ungido pelas águas

do Rio das Mortes, filho de Antônia da Encarnação, das terras de São

José del-Rey, e protegido pelo braço forte do pai luso Domingos,

vem à luz a história de uma criança, igual a todas as outras crianças,

mas que balbuciava LIBERDADE, depois pronunciava

LIBERDADE, e já prenunciava a liberdade da então colônia

escravizada. Peço-vos licença e vênia para elevar em alta voz nesta

sessão solene deste magno Instituto, sob a batuta do preclaro

presidente Paulo Roberto Sousa Lima, em uníssono brado de

civismo, a toda a nação brasileira, a mensagem da Fazenda do

Pombal do Rio Abaixo.

Uso para tanto o único documento que nos restou da

pilhagem, da selvageria da gente europeia e que atesta a existência do

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Alferes Tiradentes, já que não temos sua identidade civil de um

nacional, condição que só é conferida ao cidadão de um país laico,

pelo ato registral civil. Dou-vos, eminentes confrades e insignes

convidados, o inteiro teor de seu assento de batismo, em livro sacro

da Comarca do Rio das Mortes, hoje na Biblioteca Nacional do Rio

de Janeiro, pois vendido que foi em 1936 sem objeção de nossas

autoridades, muito particularmente as eclesiásticas, que estão caladas

há mais de 80 anos:

Paróquia da Catedral da Basílica de N. S. do Pilar de São

João dell-Rey – Diocese de São João D’El-Rey. Livro para

servir de assentos dos baptizados da freguesia de N. S. do

Pilar da Villa de SJ. D’El-Rey, 1742ª 1749, folha 151: “Aos

12 dias do mês de novembro de 1746 annos, na Capella de

S. Sebastião do Rio Abaixo, o revendo Pe. João Gonçalves

Chaves, Capellão da dita Capella, baptizou e poz os santos

óleos a Joaquim, filho legítimo de Domingos da Silva

Santos e de Antonia da Encarnação Xavier; forão padrinhos

Sebastião Ferreira Leitão e não teve madrinha, do que fiz

este assento, o coadj. Jeronymo da Fonseca Alvarez.3

É este documento, certamente o mais importante de nosso

acervo histórico, uma mensagem de confiança no futuro do país e que

brota na voz, outrora abafada pelo algoz europeu, em um rincão

vilipendiado pela crueldade régia do invasor, mensagem do mago e

do herói, do mártir e do líder redivivo, mensagem do Alferes de

Cavalaria Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. Importante

repetir que no Segundo Império era palavra de ordem escamotear os

grandiloquentes atos sediciosos de Vila Rica, São José D’el-Rey e

São João D’el-Rey e pouco temos feito para anular a campanha

sistemática contra Minas e seu filho maior, o Alferes Xavier. Os

famigerados “Autos da Devassa” só foram localizados 80 anos depois

da sentença de degredo e morte juntamente com a “Constituição

(Americana) em Francês”, livro de bolso do injustiçado Alferes, em

3

Transcrição do registro em inteiro teor conforme consta, em frangalhos,

no livro Sacro adquirido e mantido na Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro.

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surrados sacos de linhagem, informa Mello Moraes, do Arquivo

Público. Mais oito décadas se passaram até cair o manto de silêncio

que encobria os processos dos réus padres e, graças aos Deuses, o

Banco do Brasil os arrematou em Casa de Leilão de Londres em

meados do Século XX.

Belas palavras vêm sendo ditas e páginas pungentes escritas,

todavia nihil novi sub sole e resta-nos apenas dizer, como o faço

neste ato solene e magno, Senhor Presidente, em quem depositamos

esperanças de um IHG corajoso e altruísta, que Tiradentes, não um

policial, mas um militar profissional do Exército, é o injustiçado do

continente americano e a Fazenda do Pombal um sítio abandonado

pelos poderes da República, como o é a “Capela de São Sebastião”

descrita no assento de batizado, que ninguém jamais soube onde fica,

a exemplo do “Capão da Traição” dos Emboabas, primeira

manifestação de soberania nacional e jamais pesquisado por este

Instituto”. É possível existir sentimento de pátria em tão esdrúxula

situação? Eis a pergunta que não quer se calar, Senhores Confrades e

Senhor Presidente.

É neste ato de calor cívico que parece-nos ouvir, como se nos

fosse concedida a faculdade de retrotrair no tempo, o riso da criança

embalada no regaço materno e o tossido tísico do jovem libertário na

masmorra do Rio de Janeiro. Feliz o povo que pode doar-se em

reverência a fatos históricos grandiosos, heróis e árcades, santos e

estetas que se doaram em favor de valores tão expressivos de

patriotismo. Pois Joaquim José, o Alferes Libertário Xavier, foi um

destes e, hoje, com emoção cívica, estamos a fazer-lhe a justiça que,

por quase três séculos, lhe foi negada. Somos nós, seus irmãos de

nascimento, com dignidade e força espiritual, todos os herdeiros

deste legado imensurável, que é a pujança da brasilidade a impor-se

no cenário internacional político, social e econômico.

Tiradentes foi um daqueles homens que, segundo seus

confessores Freis Raimundo Penaforte e José Maria do Desterro,

estão acima dos humanos comuns e além do que o homo medius

representa. A revolução da Nova Inglaterra e a derrama se irmanam

em valores e os motivos da sedição são os mesmos. Incorreto, porém,

é usar o termo ou o vocabulário “imposto” é o que sentimos hoje

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neste infeliz país, pois entregamos a corruptos mandatários mais do

dobro do que nos assaltava a “derrama” do algoz invasor e

conquistador europeu.

A rebeldia não se restringia à capitania e nossos bens e nossa

honra eram conspurcados em nome do absolutismo. Nossa história,

pouco analisada, diz que dos Emboabas aos Conjurados há uma ponte

muito forte de ideias e ideais. Nunes Vianna4

(2) foi o primeiro

governador aclamado da América, quiçá no mundo, à época, e entre

ele e Tiradentes medeiam oito décadas de amargura, roubo, e

escravidão em que se conservou vivo o sentimento de liberdade

sendo poético lembrar que Minas não teve infância e como capitania

não foi hereditária. Seus segredos, muitos, morreram com líderes

maçons, ou com padres maçons e não poderia ser de outra sorte, pois

o movimento é o mesmo da revolução francesa. Os cognomes de

Joaquim eram “o Gramaticão, o Corta-vento, o República”. O grande

libertário não é só mineiro. É muito maior. Talvez nem só brasileiro,

mas o prolongamento espiritual de uma saga que abrangia todo o

mundo ocidental. Pensadores franceses estavam em nossas

bibliotecas que sustentam viagem do brasileiro, com toda segurança,

basta ler a correspondência de Jefferson a John Jay, o primeiro em

Versailhes, o segundo em Catonah, lugar que visitei há pouco, nas

cercanias de Manhatan, na John Jay Homestead, e pude medir o que

se tramava entre dois mundos, o velho e o novo, tudo igual ao Brasil.

Em Nova Iorque conversei a este respeito com o estadunidense

Hamilton Fish, descendente do herói da independência das 13

colônias, parceiro e confidente de Jefferson e Washington, o

Secretário John Jay.

Waldemar de Almeida Barbosa, que orna e honra este recinto

de estudos e pesquisas históricas, em prefácio ao livro “Tiradentes

Face a Face” da extraordinária historiadora Isolde Helena Brans

(2003), diz textualmente que existem dois Tiradentes: um criado pelo

culto e talentoso Joaquim Norberto, em face do medo do Clube

4

Sobre Nunes Vianna, ver SOUSA LIMA, Paulo R. “O Papel do Português

e Emboaba José Matol nas origens de São João del-Rei”, defesa de patrono

da Cadeira 02, IHG-SJDR, neste volume.

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Revolucionário, semente de várias outras manifestações nacionais,

criado no Rio de Janeiro por volta de 1970.5

Teve Manifesto firmado

por 58 expressivos líderes e pretendeu erguer ali uma estátua a

Tiradentes como mártir do ideal republicano. Outro. Construído pelo

Imperador que tinha prestígio internacional e a campanha de

desmoralização do líder do Pombal do Rio Abaixo surtiu efeito

devastador e até hoje autores de nomeada o seguem, a exemplo de

Kenneth Maxwell (1978), em a “Devassa da Devassa”, que, porém,

adverte que o Brasil precisa respeitar o Tiradentes pois não dispõe de

outros líderes de sua envergadura. Reputo isso um tapa de luva no

rosto de autores pouco respeitosos a exemplo de Eduardo Frieiro,

Afrânio Peixoto, Capistrano, Afonso Arinos, Pedro Calmon e

Gilberto Alencar.

Mas é nossa obrigação como conterrâneos do herói e mártir

do Pombal assumir sua defesa, ao lado de Rodrigues Lapa, Camilo

Castelo Branco e de nossa confreira Isolde Brans que sustentam

viagem do brasileiro a Lisboa e sul da França em encontro com o

libertador e embaixador Thomas Jefferson. Diz Almeida Barbosa “o

Brasil é o único país da América em que existe, há mais de um

século, uma campanha sistemática de desmoralização do precursor da

Independência”. Exorto, neste ato cívico, que ainda é tempo de

conhecer o verdadeiro Tiradentes e sustentar seu alto valor, já que

sem ele o Brasil, permita-me o lamento em lágrimas fica a dever a

história universal a existência de um verdadeiro líder. Não fomos

feitos para nossa incúria e acomodação. O Pombal continua

espoliado, hoje com uma malsinada e entreguista ferrovia do aço, que

nos deixa buracos e doa a potências hegemônicas nosso subsolo.

Aqueles trilhos e suas imensas composições ferroviárias passam em

5

Foi publicado em Revista do IHG-SJDR, vol. VII, 1992, Edição

comemorativa dos dois séculos da execução de Tiradentes, com artigos de

Sebastião Oliveira Cintra (cita estudos de Basílio de Magalhães e Eduardo

Canabrava Barreiros); Antônio Gaio Sobrinho, Waldemar de Almeida

Barbosa, José Alberto Ferreira, Yves G. F. Alves, Geraldo Guimarães,

Maria do Rosário de Pompéia, Luiz de Melo Alvarenga, Lucia Casas de

Pilla e José Claudio Henriques.

47

viaduto por cima a fazenda onde nasceu Tiradentes. A exemplo disto

esta casa, confrades, precisa reagir contra a doação da Escola de

Comércio Tiradentes (para uma instituição educacional privada de…)

Barbacena; a venda do livro de batizado de Tiradentes que está aos

pedaços na Biblioteca Nacional; as folhas arrancadas grosseiramente,

no Arquivo Público Mineiro de nossa ata de elevação a Vila; o

registro civil de Tiradentes que o poder judiciário nos sonega; o

“Capão da Traição” apenas visto como lenda; a data correta da nossa

fundação pelo Guarda-Mor Portes D’el-Rey e o que me parece ser o

cume do (des)respeito à história: a (não) edificação do Memorial da

Liberdade em projeto da lavra de Oscar Niemeyer; a venda criminosa

do templo de Matosinhos, do Século XVIII a banqueiro paulista,

denunciada ao Ministério Público por este IHG em 2003 e até hoje

engavetado na Justiça.

Senhor Presidente, com a presença do Prefeito da respeitada e

veneranda Tiradentes, autora, neste ano, da Comenda Libertas et

Civittas, que em 2011 propus criar, digo que V. Exa. tem missão

assaz difícil, porém, a se cumprir, merecerá estátua em praça pública.

Parceria com São José D’el-Rey e Ritápolis foram um grande avanço,

porque não somarmos com todos os municípios sócios da Associação

dos Municípios dos Campos das Vertentes em grande cruzada contra

a decadência que parece rondar nosso futuro, eis a questão. Nossa

cidade tem sido espoliada e perdido muito de seu acervo e sua

história, cabe-nos assumir o grande compromisso com a História,

recuperar, manter e preservar nosso patrimônio, que não dá duas

safras."

Referências

BRANS (VENTURELLI), Isolde H. Tiradentes Face a Face. Campinas:

UNICAMP. 2003.

MAXWELL, Kenneth. A Devassa da Devassa. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

1978.

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J B Pereira e https://ihgsaojoaodelrei.org.br/wp-content/uploads/2021/03/revistaIHG2020onlinevolXIV.pdf
Enviado por J B Pereira em 19/03/2021
Reeditado em 19/03/2021
Código do texto: T7211062
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