AO QUERIDO PASTOR NAHUR MONTEIRO
Era por volta de 1985, quando eu dava os meus primeiros passos na música, que eu ouvi falar de pastor jovem, revolucionário que chegara à cidade de Breves, para pastorear a Igreja Cristã daquele município. Numa festa de aniversário da nossa Igreja em Portel, ele foi e levou uma grande equipe de Jovens com ele, dentre os quais, Amós, Clóvis, Ester, Evaldo, Eunice, Enoque, Chiquinho, Raimundinho, dentre muitos outros... Eu era um menino e muito tímido, por isso, não mantivemos contato. Mas, quis Deus que, com o passar do tempo, Enoque e Eunice fossem morar em Portel, no tempo em que, sob a tutela de Josué Lima, já estava tocando na Igreja Cristã Evangélica de Portel. Com a chegada dos dois, montamos um Projeto Musical vem interessante. Quis Deus também que, ouvindo, o pastor Nahur, falarem do nosso desempenho musical, fôssemos convidados para tocar numa Camapanha Evangelística na cidade de Breves, juntamente com o Manancial Celeste, que ele havia fundado ali e já estavam a todo o vapor, viajando juntamente com ele para as Campanhas em que pregava. E lá fomos nós, Josué Lima - guitarra e voz, Enoque Cardoso,l - bateria e voz, Eunice Monteiro - voz e eu - baixo e voz. Chegamos lá sem saber muito o que enfrentaríamos. Só sei dizer que, à noite, a quadra de esportes estava lotada e, na hora em que fomos chamados, tocamos e cantamos, dentre outras, Tudo ou Nada, do VPC, que eu acho que foi a música que mais impressionou a todos ali. Tocamos e cantamos muito bem. Terminado o evento, voltamos pra Portel e a vida continuou, juntamente com o nosso sonho - que ainda não morreu. E, de vez em quando, mantínhamos algum contato. Não passou muito tempo e, num belo dia, chega a nós o convite para nos unirmos ao Manancial Celeste e, juntamente com eles, formar um único Projeto. O Enoque e a Eunice, que eram de lá e estavam passando uma temporada em Portel, foram os primeiros a aceitar o convite. Depois, o Josué também se rendeu. Eu até que queria ir, mas precisava da liberação dos meus pais, o que era muito difícil. Mas, depois de algumas boas conversas com eles, e de os três já terem ido, em julho de 1987 eu fui me integrar à equipe. Morei por um ano com o pastor Nahur e, com ele aprendi muito. Viajamos pra muitos lugares da nossa região e ele sempre queria ir além. Como, de fato, foi, mas algo dele ficou em mim. Uma frase dele que nunca esqueci é a que diz que "A intimidade tira a autoridade". E sempre que tive de fazer disso uma verdade em minha vida, fiz. Foi nesse tempo que conheci um pouco o pastor Nahur. Um homem que, posso dizer, à frente do seu tempo. Sonhador e realizador de sonhos. O Manancial Celeste declinou, mas todos que dele fizeram parte, continuaram seus ministérios em suas Igrejas. A vida de uma rotina regular, era outra coisa que me impressionava nele. Não sei se nos últimos anos era assim, mas naquele tempo, ele acordava cedo, e todos em sua casa deviam acordar também. Ia pra a Oração Matutina, na Igreja. Depois, todos à mesa, tomávamos café, rolava um papo. Às nove, ele ia pro gabinete dele. Primeiramente, de nove às dez, pra orar, depois, de dez até meio dia, pra estudar e atender qualquer irmão ou pessoa que lhe procurasse. Ao meio, almoço, depois, uma boa sesta. Às três, ele estava de pé e saia pra fazer visitas. Voltava lá pra as seis e já se preparava para a programação da noite. Isso acontecia de terça a sexta. Segunda, era o seu dia de descanso e, geralmente, rolava um futebol ou um voley no campinho do Jarede. Poderia falar muito mais, mas com esse pequeno relato, que conta apenas um flesh de sua vida, quero prestar minha homenagem a este servo amado do Senhor, que, tenho certeza, se encontra com Ele em glória.
Pastor Nahur, estou plenamente certo de que Aquele que começou a boa obra, concluiu brilhantemente e o tomou para si no tempo certo, mesmo contrariando toda a nossa vontade. Me espere por aí!
"Um pouco mais, eu partirei
E, com Jesus, descansarei!"
Ezequias Moreira