Dia Internacional Da Mulher
(Em nosso Recanto das Letras temos ilustres Damas da nossa Literatura, iminentes escritoras/poetisas que nos encantam com seus inebriantes poemas de inegáveis e lindos versejares, a inspirarem – com seus líricos poetares – os românticos menestréis e trovadores que há em cada um de nós, seus admiradores!)
Os sofrimentos impostos às mulheres datam desde o Éden até os nossos dias atuais. Segundo a misoginia do homem, a mulher é considerada a culpada por todos os males que assolam a humanidade. Eles, os homens – e não o Deus no qual creio – fazem citações à criação da mulher de uma forma mais grotesca e inimaginável, bem diferente da forma que Adão, por Deus, fora criado. A mulher – segundo o parvo – fora feita com um pedaço do osso da costela de Adão. Quisera o parvo dizer que a mulher seria a sua serva e subserviente escrava parideira – principalmente neste item: parir!
E do Éden, até hoje, esta luta da Mulher pelos seus Direitos de Mulher, sempre eclodiram pelo mundo. Inúmeras mulheres foram – e ainda são – mutiladas. Inúmeras vidas das Mulheres, simplesmente por serem mulheres, foram – e ainda continuam sendo covardemente – ceifadas. Mas elas são valentes, lutadoras que têm como mote o tema incentivador da batalha: “Persistir sempre, desistir jamais!” E sob a égide desse tema, elas vão às incansáveis batalhas pelos seus Sacrossantos Direitos de Ser Mulher.
As Cinco Mulheres na Vida de Jesus Cristo:
A história contada nos evangelhos registra a presença de cinco mulheres importantes na vida de Jesus Cristo, a saber: Maria de Nazaré, Maria Madalena, a samaritana ou a Cananeia. Elas estavam lá, desde o início. Apesar de desprezadas pela história, várias mulheres tiveram um papel fundamental na vida de Jesus. Muito mais decisivo do que tradicionalmente se pensava. A investigação bíblica recente começa a desvendar fatos que contradizem a ideia feita. E a vincar que as mulheres fazem parte do grupo de discípulos de Jesus de forma igual à dos homens. Elas estavam lá desde o princípio e foram Apóstolas, Discípulas, Evangelizadoras, Financiadoras e Interpeladoras de Jesus.
Os evangelhos citam várias vezes as mulheres que seguiam Jesus “desde a Galileia”, onde Ele começara o seu ministério de pregador itinerante. No momento da crucifixão, são elas que estão junto a Ele. Lê-se no evangelho de S. Mateus: “Estavam ali, a observar de longe, muitas mulheres que tinham seguido Jesus desde a Galileia e O serviram. Entre elas, estavam Maria de Magdala, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu.” E é a uma mulher que primeiro é anunciada a ressurreição de Jesus, que os cristãos assinalam hoje, Domingo de Páscoa.
E Cristo – sabiamente e diferentemente do misógino homem – aceitou-as e não as discriminou pelo fato de serem mulheres. “Jesus não foi misógino, foi sempre ao encontro das mulheres.” (*) No momento da covarde crucificação de Jesus, as bravas mulheres se fizeram presentes. Lutando heroicamente em meio aos Soldados Romanos – que de forma covarde O chicoteavam – lá estava a figura de Maria lutando por Ele, Jesus Cristo. As Mulheres nunca O negaram como fizera – covardemente e por três vezes seguidas – Pedro, ou como, também de forma covarde fizera Judas ao beijá-Lo. Jesus confiava nas mulheres, Ele era – é e sempre será – um sábio e justo defensor de todos aqueles e principalmente Daquelas Bravas Mulheres que estiveram e estão ao Seu lado.
No momento mais importante da humanidade – a Ressureição de Cristo – a inconteste figura da Mulher se fizera presente para anunciar a Boa Nova. Os misóginos apóstolos não creram no que a Mulher dissera. Então, Jesus se faz presente e diz: -“Toquem-me!”
A luta das Mulheres no decorrer da história:
Da injuriada Eva à Madre Teresa de Calcutá, passando por Joana d’Arc – sentenciada à morte na fogueira – tem-se muitos destaques entre as Mulheres que lutam pelos seus Direitos de Ser Mulher, a saber:
Eileen Collins na NASA. É ex-astronauta e coronel da Força Aérea dos Estados Unidos, ela é veterana de quatro missões especiais e foi a primeira mulher a ser piloto e depois comandante de um ônibus espacial.
Shannon Lucid foi pioneira em dois setores. A ex-astronauta foi a primeira mulher norte-americana a habitar a estação orbital russa Mir e a primeira mulher a ser condecorada com a Medalha de Honra Espacial.
Retratadas no filme “Estrelas Além do Tempo”, Katherine Johnson, Dorothy Vaughan e Mary Jackson também se destacaram na NASA. Além dos preconceitos de gênero, elas tiveram que lidar com discriminações por serem negras. Foram integrantes da equipe apelidada de “computadores humanos”, formado por mulheres que calculavam manualmente as equações que tornavam as viagens espaciais possíveis. Entretanto, recebiam menos que suas colegas brancas.
Malala Yousafzai é uma paquistanesa que desafiou os talibãs e foi baleada na cabeça aos 15 anos por defender a educação feminina. O ataque aconteceu no dia 9 de outubro de 2012. Malala seguia em um ônibus escolar. Seu crime foi se destacar entre as mulheres e lutar pela educação das meninas e adolescentes no Paquistão – um país dominado pelos talibãs, que são contrários à educação das mulheres.
Premiada por diversas organizações, recentemente recebeu o respeitado Prêmio Sakharov para a Liberdade de Pensamento Europeu. Em 10 de outubro, foi anunciado o cobiçado Prêmio Nobel da Paz a Malala Yousafzai, símbolo da luta pelo direito à educação das meninas sobreviventes da violência dos extremistas do Talibã. Em 2020, terminou sua graduação e conquistou seu diploma universitário em Filosofia, Política e Economia pela Universidade de Oxford.
A luta por igualdade de direitos é longa e, a cada dia, um novo capítulo é escrito. No último, as mulheres conquistaram o épico direito negado de dirigir na Arábia Saudita. Parece pequeno, mas, para aquelas que dependiam do marido para ir e vir, é uma vitória inestimável.
Ainda persiste a horrenda burca que tem o idiota princípio de cobrir aquilo que de mais belo fora criado por Deus: a Mulher!
No decorrer da história, à Mulher era negado até o direito de desfrutar os prazeres do próprio corpo. Eram consideradas bruxas todas aquelas que gozassem dos prazeres da carne. Por tão ignóbil pecado, eram levadas às Fogueiras da Santa (santa?) Inquisição.
Controvérsias sobre as origens:
Por muitos anos, associou-se o dia 8 de março à ocorrência de grandes incêndios em fábricas, no início do século, quando dezenas de operárias teriam perecido. O mais conhecido desses incidentes é o incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist, que realmente ocorreu, em 25 de março de 1911, às 5 horas da tarde, e matou 146 trabalhadores: 125 mulheres e 21 homens.
A fábrica empregava 600 pessoas, em sua maioria mulheres imigrantes judias e italianas, com idade entre 13 e 23 anos. Uma das consequências da tragédia foi o fortalecimento do Sindicato Internacional de Trabalhadores na Confecção de Roupas de Senhoras, conhecido pela sigla inglesa ILGWU.
A acadêmica Eva Blay considera "muito provável que o sacrifício das trabalhadoras da Triangle tenha se incorporado ao imaginário coletivo da luta das mulheres", mas ressalta que "o processo de instituição de um Dia Internacional da Mulher já vinha sendo elaborado pelas socialistas americanas e europeias desde algum tempo antes e foi ratificado com a proposta de Clara Zetki.”
Na mesma linha, a historiadora espanhola Ana Isabel Álvarez Gonzáles explica, no livro As Origens e a Comemoração do Dia Internacional das Mulheres (publicado em 2010 no Brasil pela editora Expressão Popular), que a origem da data passa ao mesmo tempo pelos Estados Unidos e pela Rússia soviética. A autora, que buscou fontes primárias tanto na historiografia americana, quanto na espanhola, confirma que o incêndio da Triangle realmente ocorreu em 1911, no dia 25 de março – e não no dia 8, lembrando que 8 de março de 1911 foi um domingo, data improvável para a deflagração de uma greve.
Embora incêndios desse tipo não fossem incomuns, à época, González ressalta que o incêndio foi muito significativo para o movimento operário norte-americano e para o movimento feminista. Mas, sozinho, o incidente não explica a origem do Dia Internacional da Mulher.
As Mudanças:
Houvera mudanças? Sim, muitas mudanças houvera! Graças às suas incansáveis lutas, hoje, há o aplaudido dizer: “Não é não!” Na realidade esse grito de liberdade quer dizer: “Toque-me somente quando eu quiser”!
No mercado profissional, dá para ver quantas mulheres dividem espaço com você no seu trabalho? E nas instituições educacionais, já percebeu quão significativa é a presença feminina, tanto entre alunas quanto docentes?
Nas famílias, então, a postura de liderança da mulher é gritante! Várias delas são as responsáveis pelo sustento da casa conduzindo, sozinhas, a educação de seus filhos e dependentes. São exemplos fortes de que a ideia de sexo frágil está mais do que arcaica, embolorada pelo tempo.
A expressividade da mulher não para por aí. Longe disso! Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) dão conta de que 53% do eleitorado brasileiro é composto por mulheres, o equivalente a mais de 146 milhões de eleitoras.
Mas, ainda há muito a se conquistar, nem tudo são flores porque há muito mais espinhos – misóginos espinhos a serem ceifados da mente do homem!
Em 2013, a Unesco divulgou dados que mostram índice de 774 milhões de analfabetos em todo o mundo. Destes, 64% são mulheres. Considerando a faixa etária entre 15 e 24 anos, dos 123 milhões de analfabetos, 76 milhões são do sexo feminino.
Apesar de sua participação expressiva no mercado de trabalho, as mulheres ainda padecem com a desigualdade de salários e oportunidades.
Na literatura, as Mulheres sempre demonstraram o seu inegável talento e toda a sua sensibilidade poética. Citaremos a Cora Coralina, Cecília Meireles, Rachel de Queiroz, Carolina de Jesus, Clarice Lispector, Lygia Fagundes Telles e Hilda Hilst – dentre tantos outros nomes que nos orgulham por sermos brasileiros.
Em nosso Recanto das Letras temos ilustres Damas da nossa Literatura, iminentes escritoras/poetisas que nos encantam com seus inebriantes poemas de inegáveis e lindos versejares a inspirarem – com seus líricos poetares – os românticos menestréis e trovadores, que há em cada um de nós, seus fiéis admiradores!
A você Mulher – Mulher Maravilha que sai da ficção para lutar pelo seu Sacrossanto Direito de ser Mulher – devo lhe dizer que “somente um dia não é o bastante para os tantos mereceres aos quais faz jus.”
Os trezentos e sessenta e cinco dias e seis horas (Tempo cronológico que compõe o ano.) são todos eles dedicados a você. Você e as flores que encantam o mundo são as mais belas obras do Divino Criador!
A você Mulher – ofuscante brilhante de intenso fulgor – desejo que possa ter um Feliz Dia Internacional das Mulheres!
(*) (Cunha de Oliveira, no livro Jesus de Nazaré e as Mulheres – ed. Instituto Açoriano de Cultura).
Fontes da pesquisa e imagem: Google
Os sofrimentos impostos às mulheres datam desde o Éden até os nossos dias atuais. Segundo a misoginia do homem, a mulher é considerada a culpada por todos os males que assolam a humanidade. Eles, os homens – e não o Deus no qual creio – fazem citações à criação da mulher de uma forma mais grotesca e inimaginável, bem diferente da forma que Adão, por Deus, fora criado. A mulher – segundo o parvo – fora feita com um pedaço do osso da costela de Adão. Quisera o parvo dizer que a mulher seria a sua serva e subserviente escrava parideira – principalmente neste item: parir!
E do Éden, até hoje, esta luta da Mulher pelos seus Direitos de Mulher, sempre eclodiram pelo mundo. Inúmeras mulheres foram – e ainda são – mutiladas. Inúmeras vidas das Mulheres, simplesmente por serem mulheres, foram – e ainda continuam sendo covardemente – ceifadas. Mas elas são valentes, lutadoras que têm como mote o tema incentivador da batalha: “Persistir sempre, desistir jamais!” E sob a égide desse tema, elas vão às incansáveis batalhas pelos seus Sacrossantos Direitos de Ser Mulher.
As Cinco Mulheres na Vida de Jesus Cristo:
A história contada nos evangelhos registra a presença de cinco mulheres importantes na vida de Jesus Cristo, a saber: Maria de Nazaré, Maria Madalena, a samaritana ou a Cananeia. Elas estavam lá, desde o início. Apesar de desprezadas pela história, várias mulheres tiveram um papel fundamental na vida de Jesus. Muito mais decisivo do que tradicionalmente se pensava. A investigação bíblica recente começa a desvendar fatos que contradizem a ideia feita. E a vincar que as mulheres fazem parte do grupo de discípulos de Jesus de forma igual à dos homens. Elas estavam lá desde o princípio e foram Apóstolas, Discípulas, Evangelizadoras, Financiadoras e Interpeladoras de Jesus.
Os evangelhos citam várias vezes as mulheres que seguiam Jesus “desde a Galileia”, onde Ele começara o seu ministério de pregador itinerante. No momento da crucifixão, são elas que estão junto a Ele. Lê-se no evangelho de S. Mateus: “Estavam ali, a observar de longe, muitas mulheres que tinham seguido Jesus desde a Galileia e O serviram. Entre elas, estavam Maria de Magdala, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu.” E é a uma mulher que primeiro é anunciada a ressurreição de Jesus, que os cristãos assinalam hoje, Domingo de Páscoa.
E Cristo – sabiamente e diferentemente do misógino homem – aceitou-as e não as discriminou pelo fato de serem mulheres. “Jesus não foi misógino, foi sempre ao encontro das mulheres.” (*) No momento da covarde crucificação de Jesus, as bravas mulheres se fizeram presentes. Lutando heroicamente em meio aos Soldados Romanos – que de forma covarde O chicoteavam – lá estava a figura de Maria lutando por Ele, Jesus Cristo. As Mulheres nunca O negaram como fizera – covardemente e por três vezes seguidas – Pedro, ou como, também de forma covarde fizera Judas ao beijá-Lo. Jesus confiava nas mulheres, Ele era – é e sempre será – um sábio e justo defensor de todos aqueles e principalmente Daquelas Bravas Mulheres que estiveram e estão ao Seu lado.
No momento mais importante da humanidade – a Ressureição de Cristo – a inconteste figura da Mulher se fizera presente para anunciar a Boa Nova. Os misóginos apóstolos não creram no que a Mulher dissera. Então, Jesus se faz presente e diz: -“Toquem-me!”
A luta das Mulheres no decorrer da história:
Da injuriada Eva à Madre Teresa de Calcutá, passando por Joana d’Arc – sentenciada à morte na fogueira – tem-se muitos destaques entre as Mulheres que lutam pelos seus Direitos de Ser Mulher, a saber:
Eileen Collins na NASA. É ex-astronauta e coronel da Força Aérea dos Estados Unidos, ela é veterana de quatro missões especiais e foi a primeira mulher a ser piloto e depois comandante de um ônibus espacial.
Shannon Lucid foi pioneira em dois setores. A ex-astronauta foi a primeira mulher norte-americana a habitar a estação orbital russa Mir e a primeira mulher a ser condecorada com a Medalha de Honra Espacial.
Retratadas no filme “Estrelas Além do Tempo”, Katherine Johnson, Dorothy Vaughan e Mary Jackson também se destacaram na NASA. Além dos preconceitos de gênero, elas tiveram que lidar com discriminações por serem negras. Foram integrantes da equipe apelidada de “computadores humanos”, formado por mulheres que calculavam manualmente as equações que tornavam as viagens espaciais possíveis. Entretanto, recebiam menos que suas colegas brancas.
Malala Yousafzai é uma paquistanesa que desafiou os talibãs e foi baleada na cabeça aos 15 anos por defender a educação feminina. O ataque aconteceu no dia 9 de outubro de 2012. Malala seguia em um ônibus escolar. Seu crime foi se destacar entre as mulheres e lutar pela educação das meninas e adolescentes no Paquistão – um país dominado pelos talibãs, que são contrários à educação das mulheres.
Premiada por diversas organizações, recentemente recebeu o respeitado Prêmio Sakharov para a Liberdade de Pensamento Europeu. Em 10 de outubro, foi anunciado o cobiçado Prêmio Nobel da Paz a Malala Yousafzai, símbolo da luta pelo direito à educação das meninas sobreviventes da violência dos extremistas do Talibã. Em 2020, terminou sua graduação e conquistou seu diploma universitário em Filosofia, Política e Economia pela Universidade de Oxford.
A luta por igualdade de direitos é longa e, a cada dia, um novo capítulo é escrito. No último, as mulheres conquistaram o épico direito negado de dirigir na Arábia Saudita. Parece pequeno, mas, para aquelas que dependiam do marido para ir e vir, é uma vitória inestimável.
Ainda persiste a horrenda burca que tem o idiota princípio de cobrir aquilo que de mais belo fora criado por Deus: a Mulher!
No decorrer da história, à Mulher era negado até o direito de desfrutar os prazeres do próprio corpo. Eram consideradas bruxas todas aquelas que gozassem dos prazeres da carne. Por tão ignóbil pecado, eram levadas às Fogueiras da Santa (santa?) Inquisição.
Controvérsias sobre as origens:
Por muitos anos, associou-se o dia 8 de março à ocorrência de grandes incêndios em fábricas, no início do século, quando dezenas de operárias teriam perecido. O mais conhecido desses incidentes é o incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist, que realmente ocorreu, em 25 de março de 1911, às 5 horas da tarde, e matou 146 trabalhadores: 125 mulheres e 21 homens.
A fábrica empregava 600 pessoas, em sua maioria mulheres imigrantes judias e italianas, com idade entre 13 e 23 anos. Uma das consequências da tragédia foi o fortalecimento do Sindicato Internacional de Trabalhadores na Confecção de Roupas de Senhoras, conhecido pela sigla inglesa ILGWU.
A acadêmica Eva Blay considera "muito provável que o sacrifício das trabalhadoras da Triangle tenha se incorporado ao imaginário coletivo da luta das mulheres", mas ressalta que "o processo de instituição de um Dia Internacional da Mulher já vinha sendo elaborado pelas socialistas americanas e europeias desde algum tempo antes e foi ratificado com a proposta de Clara Zetki.”
Na mesma linha, a historiadora espanhola Ana Isabel Álvarez Gonzáles explica, no livro As Origens e a Comemoração do Dia Internacional das Mulheres (publicado em 2010 no Brasil pela editora Expressão Popular), que a origem da data passa ao mesmo tempo pelos Estados Unidos e pela Rússia soviética. A autora, que buscou fontes primárias tanto na historiografia americana, quanto na espanhola, confirma que o incêndio da Triangle realmente ocorreu em 1911, no dia 25 de março – e não no dia 8, lembrando que 8 de março de 1911 foi um domingo, data improvável para a deflagração de uma greve.
Embora incêndios desse tipo não fossem incomuns, à época, González ressalta que o incêndio foi muito significativo para o movimento operário norte-americano e para o movimento feminista. Mas, sozinho, o incidente não explica a origem do Dia Internacional da Mulher.
As Mudanças:
Houvera mudanças? Sim, muitas mudanças houvera! Graças às suas incansáveis lutas, hoje, há o aplaudido dizer: “Não é não!” Na realidade esse grito de liberdade quer dizer: “Toque-me somente quando eu quiser”!
No mercado profissional, dá para ver quantas mulheres dividem espaço com você no seu trabalho? E nas instituições educacionais, já percebeu quão significativa é a presença feminina, tanto entre alunas quanto docentes?
Nas famílias, então, a postura de liderança da mulher é gritante! Várias delas são as responsáveis pelo sustento da casa conduzindo, sozinhas, a educação de seus filhos e dependentes. São exemplos fortes de que a ideia de sexo frágil está mais do que arcaica, embolorada pelo tempo.
A expressividade da mulher não para por aí. Longe disso! Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) dão conta de que 53% do eleitorado brasileiro é composto por mulheres, o equivalente a mais de 146 milhões de eleitoras.
Mas, ainda há muito a se conquistar, nem tudo são flores porque há muito mais espinhos – misóginos espinhos a serem ceifados da mente do homem!
Em 2013, a Unesco divulgou dados que mostram índice de 774 milhões de analfabetos em todo o mundo. Destes, 64% são mulheres. Considerando a faixa etária entre 15 e 24 anos, dos 123 milhões de analfabetos, 76 milhões são do sexo feminino.
Apesar de sua participação expressiva no mercado de trabalho, as mulheres ainda padecem com a desigualdade de salários e oportunidades.
Na literatura, as Mulheres sempre demonstraram o seu inegável talento e toda a sua sensibilidade poética. Citaremos a Cora Coralina, Cecília Meireles, Rachel de Queiroz, Carolina de Jesus, Clarice Lispector, Lygia Fagundes Telles e Hilda Hilst – dentre tantos outros nomes que nos orgulham por sermos brasileiros.
Em nosso Recanto das Letras temos ilustres Damas da nossa Literatura, iminentes escritoras/poetisas que nos encantam com seus inebriantes poemas de inegáveis e lindos versejares a inspirarem – com seus líricos poetares – os românticos menestréis e trovadores, que há em cada um de nós, seus fiéis admiradores!
A você Mulher – Mulher Maravilha que sai da ficção para lutar pelo seu Sacrossanto Direito de ser Mulher – devo lhe dizer que “somente um dia não é o bastante para os tantos mereceres aos quais faz jus.”
Os trezentos e sessenta e cinco dias e seis horas (Tempo cronológico que compõe o ano.) são todos eles dedicados a você. Você e as flores que encantam o mundo são as mais belas obras do Divino Criador!
A você Mulher – ofuscante brilhante de intenso fulgor – desejo que possa ter um Feliz Dia Internacional das Mulheres!
(*) (Cunha de Oliveira, no livro Jesus de Nazaré e as Mulheres – ed. Instituto Açoriano de Cultura).
Fontes da pesquisa e imagem: Google