Pessoas Com Lúpus - Fevereiro Roxo
É com muita gratidão, senso de responsabilidade e muita dedicação a esta causa tão delicada e desafiadora, que venho homenagear a toda comunidade que abraça a causa de "Pessoas com Lúpus", e o Fevereiro Roxo, também inclui o Lúpus nessa campanha de conscientização e motivação para que se abram caminhos de se viver melhor sendo ou não autoimune.
O lúpus, doença autoimune do tecido conjuntivo, ocorre em virtude de uma disfunção do sistema imunológico que em algum momento de instabilidade, não reconhece as células saudáveis do corpo e às ataca como sendo inimigos.
Pessoas com lúpus tem maior sensibilidade a luz, pode sentir rigidez e ter lesões em diversas partes do corpo, inchaço, queda de cabelo, podendo ocorrer inclusive perda de órgãos e membros.
A doença até o momento não tem cura, mas tem tratamento, e para cada paciente é indicado especificamente medicamentos, terapias e acompanhamentos.
O lúpus tende fragilizar física e emocionalmente as pessoas, afetando muitas vezes a autoestima dos pacientes, principalmente, quando se limitam.
Atualmente, o conhecimento da doença alcança com mais profundidade um número maior de pessoas, mas ainda é importante acender o alerta de que é necessário ajudar, participar efetivamente da vida dos pacientes com lúpus.
Sou diagnosticada a alguns anos, e desde então faço tratamentos e acompanhamento médico especializado, tenho rotina de atividades como trabalho, estudo, exercícios físicos, alimentação balanceada e lazer.
No meu testemunho de vida tem profissionais capacitados e dedicados a diagnosticar e encontrar os melhores tratamentos para o paciente, existem amigos com e sem lúpus capazes de se doar uns pelos outros (corrente de amizade e esperança), a família é um bem precioso e o apoio de todos é fundamental para o controle da doença e bem estar.
Ainda é difícil a aceitação no mercado de trabalho, mas isso é possível, se o paciente trabalha sua autoestima, supera seus limites com consciência e responsabilidade e se cerca de empatia, assim conseguimos virar o jogo e nossas vidas flui bem. Porém para tanto é preciso a oportunidade, se faz necessário dar as mãos, olhar para cada pessoa que trás consigo a doença e se perguntar, o que posso fazer? No que posso ajudar?
O mínimo de cada um multiplicado por muitos, se torna suficiente, pois os custos estruturais de vida (materiais e emocionais) para uma boa condição de saúde são altos, e somente uma força tarefa é capaz de reverter o que ainda acontece tão frequentemente (mutilações, abandono, crises recorrentes, falência financeira, desesperança, morte).
Posso relatar seguramente, que onde encontro mais remissão (estabilidade da doença) é quando estou feliz e realizada, portanto, a minha saúde emocional é uma grande parceira (se controlada), caso não, pode ser a maior vilã. Por isto, ressalto, vamos olhar uns pelos outros, dar as mãos para caminharmos juntos, levando um pouco de leveza para a vida uns dos outros, vida saudável é vida feliz, sinta amor, distribua amor e viva por amor.
CarlaBezerra