Este texto dedico ao meu nobre amigo Jacó Filho, por tudo que ele representa nesse Recanto.
Uma reserva moral e um verdadeiro cavalheiro...
Rei Jacó-1842:
O Reinado de uma Cortesã
Uma reserva moral e um verdadeiro cavalheiro...
Rei Jacó-1842:
O Reinado de uma Cortesã
Na palidez de outrora, num rosto sofrido
Sorriso posto escondido, carente de amor.
Fazia do verbo de amar, o amor ser um jogo
Seu único ganhador? Seu algoz e asqueroso executor.
Acumulando perdas de sentimentos, a palaciana!
Rebocada em maquiagens coloridas, de cima abaixo
Rebuscado jeito, vestida da mais bela e fina seda.
...coberta em ouro, anéis, colares, brincos, pulseiras
Uma tiara cravada de diamantes, ornava lhe a cabeça...
Ressentida, do verdadeiro carinho, a pobre áulica!
Lençóis apeluciados, acolchoadas almofadas carmim
Acortinadas rendas emolduram meia dúzia de janelas
Quase um castelo ao nível do mar, salgado de suas lágrimas
Luxuoso quarto, sua clausura condenadamente, eterna...
Perfumada masmorra, sua falsa mansão de amor!
Lágrimas proibidas, umedeciam a alma
Cada vez mais avessa aos tormentos da falsa paixão.
Amontoados dias sombrios, desde o sol à luz da lua
Por socorro, sua alma encharcada confessava ao coração...
Em findos momentos de alento, gemia a sofrida palatina!
Mas quem falou que a dama entregaria-se a desdita?
Quem poderia calar seu sonho brejeiro e angelical?
Qual maldade humana aplacaria, sua essência?
Excrecência mundana e opulenta, pressupõe seu final...
Um sopro de esperança ronda os destinos da linda cortesã!
Rei Wantúlio Jacó
Num cavalo branco o futuro se achega, pra fazê-la reviver
O jovem cavalheiro Wantúlio, das álgidas serras, a reerguia
Tomava-lhe aos braços sedento de querer amá-la de verdade
Começava ali um real conto de fadas, e Gláucia sim ...
Merecia de uma vez por todas parar de sofrer, ser feliz e,
Reinar, a Palaciana!
Rainha Gláucia