Tocantínia, 06 de marco de 1966
Rumo à Meira Matos “Escola”
Rumo à Meira Matos “Escola”
“A um grande sujeito” invejado e aplaudido por sua beleza sedutora, marota, confiante e temerária eu me apaixonei.
Por altiva, por densa por lustrosa, a exalação a névoa virei-me mariposa sobe ao sol, a lua, a luz do dia a escuridão da noite tornei-me sua amada.
Castigada desfeita malograda, por ousados, por débil fui acusada traída anojada, de mal olhares, que me confundiam, e não conheciam o amor.
Como é belo, tem sabor de mel, framboesa e perfume de todas as flores juntas.
Ao saberem da verdade, da existência do grande romance, caiu tudo sobre nós: ira, perjúrio vilão, forte ódio, falsa inveja fera ferida, querendo vingança. Este ou aquele cai, morre briga, seca, mais de nada vale. O amor está tão forte e firme que nem mesmo esta tempestade consegue abalar o que de tão belo existe em nós.
Foi tao forte este nosso amor que nada abalou a estrutura.
Por altiva, por densa por lustrosa, a exalação a névoa virei-me mariposa sobe ao sol, a lua, a luz do dia a escuridão da noite tornei-me sua amada.
Castigada desfeita malograda, por ousados, por débil fui acusada traída anojada, de mal olhares, que me confundiam, e não conheciam o amor.
Como é belo, tem sabor de mel, framboesa e perfume de todas as flores juntas.
Ao saberem da verdade, da existência do grande romance, caiu tudo sobre nós: ira, perjúrio vilão, forte ódio, falsa inveja fera ferida, querendo vingança. Este ou aquele cai, morre briga, seca, mais de nada vale. O amor está tão forte e firme que nem mesmo esta tempestade consegue abalar o que de tão belo existe em nós.
Foi tao forte este nosso amor que nada abalou a estrutura.
QUANDO TIVE QUE PARTIR PARA GURUPI
Pensei muito, o esqueci depois que vi, pensei em mamãe e meus filhos; fiz este poema:
Se eu morresse amanhã,
Ao menos fechar meus olhos,
Meus filhos viviam,
Minha triste mãe de saudades morreria,
Se eu morresse amanhã.
Ele nunca mais me veria se eu morresse,
Amanhã muitos me aplaudiam.
Se eu morresse amanhã.
Quanta glória pressinto em meu futuro!
Que aurora de porvir é o amanhã?
meus filhos, moças e moços sem mãe!
Eu perderia chorando,
Essas criaturas inocentes
Ficariam sós se eu morresse amanhã.
Que sol azul, que céu azul, que doce neve, que crianças inocentes iriam sofrer sem mim, pagar um pecado meu!
Amanhã a natureza mais (....)
Não me bateria tanto amor no peito,
Se eu morresse amanhã!
Mas essa dor da vida,
Que devora a ânsia da glória,
Dor doída de uma fã,
A dor no peito emudeceria ao menos,
Se eu morresse amanhã?
Tanta saudade eu levaria de quatro órfãos que iriam ficando,
Inocente que no ventre comigo também morreria,
Todos jogados pelo mundo, se eu morresse amanhã,
Dentro em poucos seriam debandados,
Uns e outros para outro lado,
Se eu morresse amanhã!
Que futuro eles teriam?
Se eu morresse amanhã?
Resolvi enfrentar tudo e todos
E não morrer amanhã;
Espera-los crescer,
Se tornarem independentes,
Para eu poder morrer amanhã!
Minha mãe que tanto reza por mim,
Para eu viver,
Não terá de rezar para eu morrer;
Por isso eu não posso amanhã morrer.
Tenho tentado corrigi-los, meus sonhos que são fortes, alto, muito alto. Eles têm uma expendida constituição, nada se parecendo comigo, a não ser nos olhos, nos sonhos, nas noites de angustia, nas desesperanças, tornando-se cinzentos, como o vento como o nada.
Todos meus ideais e sonhos medonhos, estão marcados para morrerem comigo, quando eu me for, iram morrer comigo, no meu jazigo como eu for. Ai sim, serão concretizados, realizados, no leito de morte junto a mim.
Ali onde for sepultada irão morar comigo na minha fria e última casinha.
Com terra, pedras e quem sabe algumas flores, morram comigo para eternidade meus castelos, mal construídos, meus amores, meus sonhos perdidos e eu.
Macapá, 26 de junho de 1994 – ISAURA
Se eu morresse amanhã,
Ao menos fechar meus olhos,
Meus filhos viviam,
Minha triste mãe de saudades morreria,
Se eu morresse amanhã.
Ele nunca mais me veria se eu morresse,
Amanhã muitos me aplaudiam.
Se eu morresse amanhã.
Quanta glória pressinto em meu futuro!
Que aurora de porvir é o amanhã?
meus filhos, moças e moços sem mãe!
Eu perderia chorando,
Essas criaturas inocentes
Ficariam sós se eu morresse amanhã.
Que sol azul, que céu azul, que doce neve, que crianças inocentes iriam sofrer sem mim, pagar um pecado meu!
Amanhã a natureza mais (....)
Não me bateria tanto amor no peito,
Se eu morresse amanhã!
Mas essa dor da vida,
Que devora a ânsia da glória,
Dor doída de uma fã,
A dor no peito emudeceria ao menos,
Se eu morresse amanhã?
Tanta saudade eu levaria de quatro órfãos que iriam ficando,
Inocente que no ventre comigo também morreria,
Todos jogados pelo mundo, se eu morresse amanhã,
Dentro em poucos seriam debandados,
Uns e outros para outro lado,
Se eu morresse amanhã!
Que futuro eles teriam?
Se eu morresse amanhã?
Resolvi enfrentar tudo e todos
E não morrer amanhã;
Espera-los crescer,
Se tornarem independentes,
Para eu poder morrer amanhã!
Minha mãe que tanto reza por mim,
Para eu viver,
Não terá de rezar para eu morrer;
Por isso eu não posso amanhã morrer.
Tenho tentado corrigi-los, meus sonhos que são fortes, alto, muito alto. Eles têm uma expendida constituição, nada se parecendo comigo, a não ser nos olhos, nos sonhos, nas noites de angustia, nas desesperanças, tornando-se cinzentos, como o vento como o nada.
Todos meus ideais e sonhos medonhos, estão marcados para morrerem comigo, quando eu me for, iram morrer comigo, no meu jazigo como eu for. Ai sim, serão concretizados, realizados, no leito de morte junto a mim.
Ali onde for sepultada irão morar comigo na minha fria e última casinha.
Com terra, pedras e quem sabe algumas flores, morram comigo para eternidade meus castelos, mal construídos, meus amores, meus sonhos perdidos e eu.
Macapá, 26 de junho de 1994 – ISAURA
Macapá-AP, 03/02/2021
Por: Bert Noleto
Memorias da juventude de minha mãe
Isaura Sousa Brito (autora)