DIA DE FINADOS

DIA DE FINADOS

“Se a tua dor verifica ante a desencarnação de entes queridos, a inconformação a que te entregas tão-só se fará tumultuar o círculo daqueles aos quais mais amas”. (Emmanuel).

O dia de finados é comemorado no dia 2 de novembro de cada ano. Nós não chamaríamos de finados, mas de “vivos e redivivos”. Visto que estamos aqui no orbe terrestre cumprindo uma missão destinada por Deus e somos Espíritos imortais Apenas nos despojamos da vestimenta carnal e voltamos em data pré-determinada ou preestabelecida. O Dia dos fiéis defuntos, dos mortos ou de finados é celebrado pela Igreja Católica no dia 2 de Novembro. Desde o século II, os cristãos rezavam pelos falecidos, visitando os túmulos dos mártires para rezar pelos que morreram. No século V, a Igreja dedicava um dia do ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava. Também o abade de Cluny, santo Odilon, em 998 pedia aos monges que orassem pelos mortos. Desde o século XI os Papas Silvestre II (1009), João XVII (1009) e Leão IX (1015) obrigam a comunidade há dedicar um dia aos mortos. No século XIII esse dia anual passa a ser comemorado em 2 de novembro, porque 1 de novembro é a Festa de Todos os Santos. Em 160 D.C, teve início o costume de orar pelos mortos, uma invenção totalmente anti-Bíblica do Papa Aniceto, de origem síria e carente de entendimento ( Deuteronômio 18:11).

Existe várias nomenclatura para esse dia, tais como: “O Dia de Finados é o dia da celebração da vida eterna das pessoas queridas que já - faleceram. É o Dia do Amor, porque amar é sentir que o outro não morrerá nunca. É celebrar essa vida eterna que não vai terminar nunca. Pois, a vida cristã é viver em comunhão íntima com Deus, agora e para sempre. Desde o século 1º, os cristãos rezam pelos falecidos. Costumavam visitar os túmulos dos mártires nas catacumbas para rezar pelos que morreram sem martírio. No século 4º, já encontramos a Memória dos Mortos na celebração da missa. Desde o século 5º, a Igreja dedica um dia por ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e da qual ninguém se lembrava. Desde o século XI, os Papas Silvestre II (1009), João XVIII (1009) e Leão IX (1015) obrigam a comunidade há dedicar um dia por ano aos mortos. Desde o século XIII, esse dia anual por todos os mortos é comemorado no dia 2 de novembro, porque no dia 1º de novembro é a festa de "Todos os Santos". O Dia de Todos os Santos celebra todos os que morreram em estado de graça e não foram canonizados. O Dia de Todos os Mortos celebra todos os que morreram e não são lembrados na oração.

Os latinos, que pastoreavam seus rebanhos sobre as sete colinas, em cujo vale mais tarde se fundou Roma, prestavam culto aos seus antepassados mortos, fazendo rituais particulares ou em festivais especiais, nos cemitérios. Os cristãos, seguidores dos ensinamentos de Cristo, não se relacionavam com os mortos, crendo na ressurreição corpórea no dia de juízo para toda a humanidade, mas rejeitando qualquer doutrina que implicasse em imortalidade da alma, como os adoradores de ídolos criam. Para os cristãos, os mortos eram como trata em Eclesiastes 9:5 e 10, sem qualquer consciência, inexistindo completamente até o dia do juízo final. Portanto, não poderiam estar no inferno, ou em qualquer dimensão que implicasse algum tipo de consciência, sendo que no conceito judaico de Cristo sobre o ades ou seol o inferno nada mais é do que a cova e a extinção instantânea da vida passando subitamente para a inexistência completa, primeiro da consciência e depois da matéria, que volta ao estado original da terra, reverso do processo de criação, como em Gênesis 2: 7. Com a fusão da Igreja cristã ao Estado romano, no ano 321, quando da "conversão" ao cristianismo de Constantino Magno, então imperador romano, os cristãos fizeram concessões à doutrina pagã romana herdada dos latinos e da variedade de povos e cultos de Roma, pelo que cessariam as perseguições e a religião cristã se tornaria a religião oficial do Estado romano. Se essa premissa fosse realmente verdadeira, Jesus, Maria e os chamados santos pela igreja católica ainda estavam em “sono profundo” esperando pelo dia final. A ressurreição não seria possível, pois os corpos já estariam consumidos pelos vermes e pela mãe natureza. Se Jesus ressuscitou todos nós ressuscitamos, pois Deus jamais iria derrogar suas próprias leis, já que Jesus nasceu e morreu como qualquer ser humano.

Muitas das crenças obscuras do politeísmo romano foram cunhadas na religião cristã, entre elas, a crença no mundo dos mortos, trazendo daí a idéia de purgatório, de inferno e de paraíso em esferas espirituais. Assim, os cristãos tornaram-se supersticiosos como os romanos, adotando o costume de falar com os antepassados mortos junto a túmulos, como se vê ainda hoje, levando-lhes comida, flores e acendendo velas; contando-lhes suas vidas, pedindo atendimento, intercessão e favores, além de orar por eles e dedicar-lhe também um dia grande, o Dia de Finados, como no primitivo ritual e festival latino. Em Eclesiastes 9:5 e 10 - Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já pereceram; para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol. Tudo quanto te vier à mão para fazer, - faze-o conforme as tuas forças, porque no além, para onde tu vais, não há obra, nem projetos, nem conhecimento, nem sabedoria alguma. Essa afirmação é plena ilusão, pois o Espírito por ser um ser inteligente que habita o universo é um ser encarnado a qual todos chamam de alma.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI E ACADÊMICO DA ALOMERCE

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 30/10/2007
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