MINIMALISMO E O ANJO DE OSÍRIS

Hoje, inventei de assistir alguns vídeos falando sobre Minimalismo – o jeito simples de viver… curiosidade de quem quer entender “certas coisas”!

Primeiro fui ao Google ver o sentido etimológico da palavra Minimalismo. Encontrei vários sites e escolhi um. Lá está escrito: “minimalismo. substantivo masculino. 1.1 - princípio de reduzir ao mínimo o emprego de elementos ou recursos. 1.2 – Artes Plásticas – escola de pintura abstrata que vê num quadro um objeto estruturado, composto basicamente de formas geométricas elementares executadas em estilo impessoal, reduzindo ao mínimo seus elementos”.

Isto posto, fui aos vídeos… 1º, 2º, 3º… no 4º li um comentário que chamou minha atenção. A pessoa falava que para viver o minimalismo, teve que filtrar a própria mãe. Achei muito interessante, o depoimento, que falava inclusive em perdão para essa mãe abusiva.

O que muito me chamou a atenção, também, nesses vídeos, foi a visão de “Vida Simples” dos seus apresentadores… não entendi muito bem, mas tudo bem. Creio que é ponto de vista, e sendo eu um Cordígero Franciscano, vai que a minha visão de Minimalismo é retrógrada, não é mesmo?

Pois então… tive vontade de dizer para a garota que falava sobre a mãe, o que escrevo a seguir.

Boa noite criança, que bom que você percorreu um caminho diferente do meu, para alcançar seus objetivos, e ainda tem a grandiosa e futura oportunidade de perdoar sua mãe.

Já eu, sou uma pessoa extremamente Privilegiada. Posso dizer que sou Filha de uma Águia. Sabe aquela Mãe Águia que expulsa o Filhote do ninho, á bicadas? Então, eu sou esse Filhote.

Muitas pessoas me perguntam se perdoei minha Mãe, após tudo que tive que enfrentar… a partir dos meus quatro anos de idade, até o presente momento. Porquanto fui obrigada viver longe dela, dos meus irmãos, de minha avó, minha tia, enfim, longe de todos os meus familiares, e tendo em vista que alguns teóricos afirmam, convictamente: “Há crianças feridas, escondidas em adultos difíceis”.

Pelas minhas experiências com outras pessoas, não sou um ser humano difícil, sou apenas alguém cujo comportamento é regido pela lealdade, justiça, retidão e honra. Então, se há uma criança ferida, escondida em mim, essa criança quer apenas ver as pessoas que ama realizadas, prosperas e felizes. Quanto a perdoar Minha Mãe? Eu? Perdoar o quê? Não há o que perdoar. Tudo que Sou devo a essa "Mãe Má".

Essa “Mãe Má” teve três filhos. Sou a caçula. Meus dois irmãos mais velhos sempre a acusavam do “sofrimento” pelo qual estavam passando, isso por que ela doou tudo que tínhamos para a igreja e nos condenou, segundo eles, a viver feito “pilingrinos”, no sentido de pobreza extrema.

Tendo que trabalhar na roça dos outros, num sistema de “alugado”, para pagar por morar nas terras alheias. Não passei por isso, estava interna em um Orfanato, estudando… idos dos anos 50, 60. Depois conheci um pouco desse trabalho braçal, principalmente na Grande Seca que assolou o sertão Nordestino, no ano de 1970.

Se eu lutei? Claro. Passei por todos os Testes que o Universo me submeteu e deles sai com Honra ao Mérito. Estudando, trabalhando, casei, tive três filhas maravilhosas. Hoje sou avó e bisavó. Sou órfã e viúva. Sou aposentada por tempo de serviço. Minha situação financeira é estável, dentro dos padrões que determinei para mim, e portanto me considero Vitoriosa.

Minha Mãe era muito religiosa, beirando ao fanatismo, certa feita, eu já adulta, casada, mãe também, trabalhando para garantir o sustento da minha família, ela me disse, chorando: "__Quando eu morrer sei que não vou para o Céu... vou ser mandada para um lugar escuro, para pagar os meus pecados!". Perguntei o por quê, e ela falou "___Eu sou a culpada do sofrimento dos meus filhos..."

Daí, eu a abracei e lhe disse "___Não tenha medo. Quando eu morrer, se eu for para o Céu, e você não estiver lá, perguntarei a Deus onde Ele colocou você, Mãe. Se ele me disser que você não mereceu ir para lá, por que você é culpada do sofrimento dos seus filhos, vou dizer para Ele que você não é culpada pelo sofrimento de um desses filhos - Eu. Posto que, eu nunca sofri. Estava em uma sala de aula da Vida, desde o Jardim Infantil, até a Graduação Universitária. Sofrimento? Que sofrimento? E se mesmo assim, Ele disser que você merece ficar na escuridão, por "seus pecados" eu rejeitarei a luz do Céu e acenderei uma lamparina e irei a sua procura, pois onde você estiver, é lá que eu quero ficar. Para sempre."

Não sei se ela era isso aí - Minimalista... sei que era uma Franciscana da Terceira Ordem... despojada de tudo! Tipo - "___Vá, venda tudo que você possui, dê aos pobres e depois me siga!" E ela doou tudo que tinha e ficou sem nada material, só a roupa que vestia. Até os filhos ela doou.

Ela me lançou na Arena da Vida, não como um gladiador, mas como alguém despido de qualquer arma ou proteção que não fosse a sensibilidade ensinada pela Minha Avó: Ler o que não está escrito no papel, nas linhas… ouvir o que diz o silêncio, o vento, a água, o fogo.

Ver além da visão comum, ouvir o que os olhos falam e assim entender pessoas e animais. Sentir sem tocar e dessa forma ouvir e entender as vozes da natureza … dos Reinos vegetal e mineral!

Aprendi. Lutei. Venci e hoje posso dizer que: Sou Filha, não de uma minimalista, mas de um Anjo de Osíris - o Deus Egípcio da Transformação. Herdei seus Dons, enquanto ela ser um Anjo da Humanidade que rege o dia 24.10, e os assumo com imensa Alegria.

Minha Mãe não se desfez do que lhe sobrava e sim deu tudo o que possuía, conforme disse Jesus em Marcos 12:41-44.

Salve dona Ana Lia - Minha Mãe Sagrada!

Aho.

Adda nari Sussuarana
Enviado por Adda nari Sussuarana em 10/12/2020
Reeditado em 10/12/2020
Código do texto: T7131996
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