EDUARDO LOURENÇO, Pelos frutos se conhece a Árvore
BIOGRAFIA BREVE
Eduardo Lourenço (de Faria) nasceu a 23 de maio de 1923, em São Pedro de Rio Seco, concelho de Almeida, distrito da Guarda, Portugal. É o filho mais velho (de sete) de Abílio de Faria, oficial do Exército, e de Maria de Jesus Lourenço. Frequentou a Escola Primária na sua terra natal. Depois ingressou no Liceu da Guarda e terminou os seus estudos secundários no Colégio Militar em Lisboa. Frequentou o Curso de Histórico-Filosóficas na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra onde concluiu a Licenciatura no dia 23 de julho de 1946, com uma Dissertação com o título O Sentido da Dialéctica no Idealismo Absoluto. Assumiu as funções de Professor Assistente nessa Universidade, cargo que desempenhou até 1953. Publicou, em edição de autor, o seu primeiro livro Heterodoxia I em novembro de 1949.
Nos últimos anos, Eduardo Lourenço recebeu inúmeras distinções, entre as quais se destacam: Prémio Camões (1996), Officier de l’Ordre de Mérite pelo Governo francês (1996), Chevalier de L’Ordre des Arts et des Lettres pelo Governo francês (2000), Prémio Vergílio Ferreira da Universidade de Évora (2001), Medalha de Ouro da Cidade de Coimbra (2001), Cavaleiro da Legião de Honra (2002), Prémio da Latinidade (2003), Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada (2003), Prémio Extremadura a la Creación (2006), Medalha de Mérito Cultural pelo Governo português (2008), Medalha de Ouro da Cidade da Guarda (2008) e Encomienda de Numero de la Orden del Mérito Civil pelo Rei de Espanha (2009).
Eduardo Lourenço é ainda Doutor Honoris Causa pelas Universidades do Rio de Janeiro (1995), Universidade de Coimbra (1996), Universidade Nova de Lisboa (1998) e Universidade de Bolonha (2006). Desde 2002 exerce as funções de administrador não executivo da Fundação Calouste Gulbenkian.
Em Dezembro de 2011, foi-lhe atribuído o Prémio Pessoa. Em 2013, foi distinguido com o Prémio Jacinto do Prado Coelho pela obra Tempo da Música. Música do Tempo. Em 2018, a sua obra O Labirinto da Saudade é adaptada ao cinema por Miguel Gonçalves Mendes numa viagem única pelo interior de uma mente brilhante.
Publicado em 23-05-2019
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BIBLIOGRAFIA OFICIAL
Heterodoxia I, 1949 Coimbra, Coimbra Editora.
O Desespero Humanista na Obra de Miguel Torga, 1955 Coimbra, Coimbra Editora.
Heterodoxia II, 1967 Coimbra, Coimbra Editora.
Sentido e Forma da Poesia Neo-Realista, 1968 Lisboa, Editorial Ulisseia.
Fernando Pessoa Revisitado. Leitura Estruturante do Drama em Gente, 1973 Porto, Editorial Inova.
Tempo e Poesia - À Volta da Literatura, 1974 Porto, Editorial Inova.
Os Militares e o Poder, 1975 Lisboa, Arcádia.
O Fascismo nunca Existiu, 1976 Lisboa, Publicações D. Quixote.
Situação Africana e Consciência Nacional, 1976 Amadora, Publicações Génese.
O Labirinto da Saudade - Psicanálise Mítica do Destino Português, 1978 Lisboa, Publicações D. Quixote.
O Complexo de Marx ou o Fim do Desafio Português, 1979 Lisboa, Publicações D. Quixote.
O Espelho Imaginário - Pintura, Anti-Pintura, Não-Pintura, 1981 Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda.
Poesia e Metafísica - Camões, Antero, Pessoa, 1983 Lisboa, Sá da Costa Editora.
Ocasionais I, 1984 Lisboa, A Regra do Jogo.
Fernando, Rei da Nossa Baviera, 1986 Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda.
Heterodoxia I e II, 1987 Lisboa, Assírio e Alvim.
Nós e a Europa ou as Duas Razões, 1988 Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda.
O Canto do Signo - Existência e Literatura (1957-1993), 1994 Lisboa, Editorial Presença; 2017 Lisboa, Gradiva.
A Europa Desencantada - Para Uma Mitologia Europeia, 1994 Lisboa, Visão.
Cultura e Política na Época Marcelista, 1996 Lisboa, Cosmos.
Nós como Futuro, 1997 Lisboa, Assírio & Alvim.
O Esplendor do Caos, 1998 Lisboa, Gradiva.
Portugal como Destino seguido de Mitologia da Saudade, 1999 Lisboa, Gradiva.
A Nau de Ícaro seguido de Imagem e Miragem da Lusofonia, 1999 Lisboa, Gradiva.
A Noite Intacta. (I)recuperável Antero, 2000 Vila do Conde, Centro de Estudos Anterianos.
Destroços - O Gibão de Mestre Gil e Outros Ensaios, 2004 Lisboa, Gradiva.
O Lugar do Anjo - Ensaios Pessoanos, 2004 Lisboa, Gradiva.
A Morte de Colombo - Metamorfose e Fim do Ocidente como Mito, 2005 Lisboa, Gradiva.
As Saias de Elvira e Outros Ensaios, 2006 Lisboa, Gradiva.
Paraíso sem Mediação (breves ensaios sobre Eugénio de Andrade), 2007 Porto, ASA Editores.
A Esquerda na Encruzilhada ou Fora da História? - Ensaios Políticos, 2009 Lisboa, Gradiva.
Pequena Mitologia Europeia. A Propósito de Guimarães, 2011 Lisboa, Verbo-Babel.
Heterodoxias (O.C. Vol.I), 2011 Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian.
Tempo da Música, Música do Tempo, 2012 Lisboa, Gradiva.
Os Militares e o Poder Seguido de o Fim de Todas as Guerras e a Guerra sem Fim, 2013 Lisboa, Gradiva.
Do Colonialismo como Nosso Impensado, 2014 Lisboa, Gradiva.
Sentido e Forma da Poesia Neo-Realista e Outros Ensaios, (O.C. Vol. II), 2014 Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian.
Do Brasil, Fascínio e Miragem, 2015 Lisboa, Gradiva.
Crónicas Quase Marcianas, 2016 Lisboa, Gradiva.
Tempo e Poesia (O.C. Vol. III), 2016 Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian.
Da Pintura, 2017 Lisboa, Gradiva.
Tempo Brasileiro: Fascínio e Miragem, (O.C. Vol. IV), 2018 Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian.
Da Música (O.C. Vol. V), 2019 Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian.
Estudos sobre Camões, (O.C. Vol. VI), 2019 Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian.
Antero. Portugal como Tragédia (O.C. Vol. VII), 2019 Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian.
(Informação biográfica e bibliográfica, segundo o site oficial Eduardo Lourenço)
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