Marquinhos
Nascido em SAMPA aos 3 de dezembro, me lembro bem.
Tinha eu 8 anos e meio.
O barrigão de mamãe.
Sempre me perguntavam o nome que queria.
Como gostava muito de um ex namorado de minha madrinha:
Mimi Brotero Duprat,
Falava sem pestenajar: Marcos.
E, quando papai registrou,
Colocou João Marcos,
E esse nome ficou.
45 anos fazem,
E, quantas coisas você já passou.
Perdeu amigos, sobrinhos, padrinho, papai, tios...
Viveu em perigo por anos,
E, mesmo assim meu Mano, meu compadre,
Você é a melhor pessoa que Deus pode ter me dado.
Sim, brigamos, acho que não fomos exceção às regras,
Todos irmãos discutem,
Se punem e reclamam.
Mas, aprendemos mesmo com a diferença de idade,
A termos fé, verdade, e sempre nos ouvimos.
Marquinhos, quero através do que melhor sei fazer,
De ofertar todo meu carinho.
E, ao leres o que escrevi e continuo a escrever,
Saiba que as lágrimas caem de meu rosto.
Sei que às vezes não fui exemplo para você,
Sendo a irmã mais velha,
Mas, quero agradecer que você foi e é meu exemplo,
E, ainda mais agora,
Após 6 anos que papai foi embora,
Retornando à Casa de DEUS,
Me apeguei mais a ti.
Peço por favor que mesmo
Que muitos de nossos familiares,
Traduzam que cito palavras amargas,
São doces momentos que lembro de ti.
Você é alguém que será minha fortaleza sempre,
Pois, ainda não sei como agir,
Com filhos, teus sobrinhos,
E, peço a ti que se cuide.
E a Deus que te dê muito carinho.
E, eu digo, meu irmãozinho,
Que te amo muito.
E, obrigada por tudo.
Desde 1975 estarmos juntos.
Tua irmã chorona, Tekinha.
Poesia manuscrita hoje 1 de dezembro de 2020, um pouco mais cedo.
Agora transcrita para esses sites.
Autora:
Tereza Cristina Gonçalves Mendes Castro.
Paz, bem, luz, sabedoria e muita saúde também.
Na foto meu irmão no dia 29 de junho de 1996, ao meu lado com nossa priminha Karla em seu colo. O do meu outro lado, meu priminho Bruno, filho de Márcia Gonçalves e meu cunhado Ricardo, agachado na nossa frente.