Abgar Antônio Campos Tirado: Parabéns pelos seus 82 anos de vida! Homenagens de amigos de toda São João del-Rei, MG

Vivas ao nosso querido professor Abgar, que, no nosso coração, para o Ilustre católico e musicista sãojoanense, há sempre lugar.

Jose João Bosco Pereira

Membro correspondente da Academia de Letras de São João del-Rei/MG

José João Bosco Pereira

Professor de literatura, membro da Academia Divinopolitana de Letras e pesquisador da obra de João Guimarães Rosa.

https://www.viafanzine.jor.br/entrevistas3.htm

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Personagens de nossa terra

https://www.facebook.com/orquestra.ribeirobastos.52

Orquestra Ribeiro Bastos adicionou uma nova foto — comemorando mais um aniversário com Ana Carolina Tirado e outras 6 pessoas em São João del-Rei.

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Neste dia 31 de outubro comemora seu aniversário, 82 anos de vida, o querido professor Abgar Antônio Campos Tirado!

Um grande ser humano, homem de fé, de grande conhecimento: seja acadêmico, seja auto-didata, e que possui ampla capacidade de dominar diversos saberes...

É hoje que São João del-Rei comemora, celebra, agradece a Deus mais um ano de vida de nosso querido professor Abgar Antônio Campos Tirado!

82 anos completados hoje e nosso querido prof. Abgar continua atuante na cena de nossa cidade:

Comentarista sacro de diversas celebrações de nossa cidade, de sobremaneira de nossa ímpar e única Semana Santa, comentarista de concertos, recitais, apresentações musicais e artísticas, levando sempre seu grandioso conhecimento o qual compartilha com todos com generosidade, com sapiência, com alegria!

Músico, compositor, professor de línguas, professor de teologia, de música... membro da Academia de Letras, membro do IHG...

Abgar Campos Tirado é referência para todos nós e somos privilegiados em tê-lo conosco, em nosso convívio!

Que Deus continue lhe abençoando, caro mestre e amigo Prof. Abgar e MUITO OBRIGADO por TUDO e por TANTO que você fez, faz e fará pela arte / cultura de SJDR e por todos nós, que com você, tanto aprendemos e nos espelhamos!

Estamos em pandemia e com saudades do senhor!!!!

Feliz aniversário!

Parabéns!

Viva o prof. Abgar!!!!!!!!!!!!

Viiiiiiivaaaaa!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Se você, assim como eu, ainda não o parabenizou pela passagem do seu aniversário hoje, não deixe de faze-lo amanhã, via telefone, presencialmente, ou mesmo quando o encontrar casualmente...

Sempre é bom ser reconhecido naquilo que fazemos de bom e se é assim, imagina o quanto podemos / devemos externar ao prof. Abgar o seu valor? 😉

O outubro acabou, o dia 31 de outubro também, mas a gratidão e a felicidade em termos o prof. Abgar conosco continua, dia-a-dia, a cada oportunidade em que estamos em sua presença!

Louvado seja Deus!

Maestro Rodrigo Sampaio

Presidente da Bicentenária Orquestra Ribeiro Bastos

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Alex Fonseca

Parabéns!!!

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Jose João Bosco Pereira

Membro correspondente da Academia de Letras de São João del-Rei/MG

A Terra está cheia de sua Glória e de seu conhecimento, ó Senhor, assim como os mares cheios de água pura... Salmo

____ Lindo demais essa Símile ou Comparação ( figura): os mares cheios e a Terra inteira no Domínio de Javé, Nosso Deus Todo-Poderoso, vislumbrado pela certeza da fé bela do salmista acima.

Nós o endossamos com o hino de louvor ao Creador e ao seu Ungido Senhor Jesus em Jo 17,3.

"Um dia um filho pergunto a padre Pio " que posso fazer para aumentar meu amor ? Padre Pio Respondeu : Perseverando em suas obrigações e seus deveres estará aumentando seu Amor" .

#FrasesDeSãoPadrePio

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Entrevista:

José João Bosco Pereira

Professor de literatura, membro da Academia Divinopolitana de Letras

e pesquisador da obra de João Guimarães Rosa.

Por Manoel Amaral*

De Divinópolis-MG

Para Via Fanzine

100 anos de João Guimarães Rosa (1908-2008).

José João Bosco Pereira é natural de Alfenas, cursou Letras na UFSJ, em São João Del-Rei em 1995. Estudou filosofia e teologia em Juiz de Fora (1981-86). Em 2003, fez o Lato Sensu em Educação Especial na UFLA, em Lavras. Ensinou Língua Portuguesa em Alfenas, Uberaba, Belo Horizonte e Divinópolis. Lecionou Comunicação e Expressão na UNA-BH (1999-2001). Hoje, trabalha no Setor de Pesquisa da Biblioteca Pública Municipal “Ataliba Lago” de Divinópolis-MG. Publicou nesta mesma biblioteca sua primeira obra Momentos Poéticos, em 24 de outubro de 2006. No prelo, estão E Divinópolis se fez poesia (trovas), Virtudes Para O Homem Do Século XXI (poemas), O Faquir (romance), A Vida de São Miguel Do Cajuru Segundo Nhozinho Da Dona Rola, Sebastião Pereira e Vida de Padre Miguel de Cajuru (memórias). É pesquisador da obra de João Guimarães Rosa, a qual ele trata com exclusividade na presente entrevista.

Via Fanzine: Como Guimarães Rosa pode ser visto, frente os desafios do mundo?

José João Bosco Pereira: Havia uma religiosidade e filosofia, bem particular de Guimarães Rosa, que incluía uma aceitação ao misticismo e esoterismo, uma espécie de animismo primitivista – bem a gosto do modernismo brasileiro. Ele dizia ter sido um jacaré dos nossos rios e tudo guardou para revelar depois. Parece-me que foi muito feliz com tudo isso, porque soube aproveitar o jeito mineiro de ruminar pensamentos e se rebelar contra injustiças. Na Antologia poética completa dele, há uma interessante entrevista que deixa claro como alia o erudicismo com a religiosidade, que defende como escritor e pensador das Gerais.

VF: Como transformou “A hora e vez de Augusto Matraga” em “Grande Sertão: Veredas”?

JJBP: Veio como uma oportuna intuição, depois de muitos anos de leituras e reflexões sobre como construir uma obra exemplar tanto quanto Goethe, Torquato Tasso, Machado de Assis, Fernando Pessoa, etc. O conto A Hora e a Vez de Augusto Matraga foi transformado depois no romance imortal de Grande Sertão: Veredas. Na Antologia de GR existe uma explicação mais profunda para tudo isso. Aconselho ao leitor retomar essa leitura.

VF: Minas são muitas. Como Rosa vê essa afirmação?

JJBP: Como vocês sabem, GR se destacou pelo senso agudo da observação do cenário e a vida da fauna e flora de Minas, em especial do Cerrado mineiro. Ele viajava o cerrado, próximo de Codisburgo-MG, com uma caderneta de bolso, fazendo anotações e esboços de desenhos sobre buritis, animais, outras particularidades de crença, costumes e nomes diversos de pessoas e lugares. Isso foi a matéria—prima para construir Sagarana e outros contos.

VF: Qual o lugar e alcance de sua obra no bojo da literatura nacional e internacional?

JJBP: Penso que GR tornou-se um gênio e com linguagem e mundo literários próprios. Sua obra está entre tantas outras, pela sua envergadura, criatividade e ousadia. Houve significativa contribuição quanto a temas regionais e universais, em especial: a questão do mal, a injustiça, as crises do homem-mulher no mundo, o filosofar dos oprimidos, a beleza e os paradoxos da vida em comunidade, o mistério da vida dentro da consciência humana e a ilogicidade da máquina do mundo, além de uma reflexão do fazer literário especifico e sua orientação do que seja obra e sua critica antropológica e sociológica das desigualdades sociais e culturais. Embora não gostasse de políticos e de falar em política, existe na Antologia de sua obra verdadeira crítica à política e ao fazer político.

VF: Guimarães Rosa foi poeta?

JJBP: Sim, e que poeta. Tinha uma sensibilidade incrível diante da vida de Minas e seu povo e suas crenças. Em O burro e o boi no presépio, ele esbanja talento poético e sua lírica contempla o místico em belo texto.

Rosa acende um pito no tição.

VF: O que se propõe o livro Ave, palavra?

JJBP: Propõe vários contos, poemas, reportagens, discursos... É miscelânea póstuma, retomando 1947-67. O poema Ainda coisas da poesia está sua motivação: "...a poesia devia ser um meio de restituir o mundo ao seu estado de fluidez, anterior, exemplar". E a linguagem, essa sua anfitriã desde a meninice –falava mais de oito línguas, é recriada a cada verso e página. Essa é a mineirice, mineiridade, o mineirez, mineirismo presente sempre... Sabe, GR sabia sadiamente onde ancorar sua poética. Até o esperanto estava ali presente. Não falta o linguajar do sertão, do sertanejo... Do mineiro. Há outra crônica como o conto Minas Gerais, retirado da revista Manchete (24/08/57), que faz uma salada literária maviosa, com costumes e culinária mineira: "Se são tantas Minas, porém, e contudo uma... Minas capioa, do angu, do franco com quiabo, do queijo, do tutu..." (p. 250). Isso justifica porque Rosa era especial, é único, é gênio na nossa literatura: "...A linguagem e a vida são uma coisa só".

VF: Como é mesmo aquela entrevista de Rosa ao Günter Lorenz em 1965?

JJBP: É linda assim: "Às vezes, quase acredito que eu mesmo, João, seja um conto contado por mim. Gostaria de ser um crocodilo vivendo no Rio São Francisco. Ele vem ao mundo vivendo como um magister da metafísica, pois para ele cada rio lê um oceano, um mar de sabedoria, mesmo que chegue a ater cem anos de idade. Gostaria de ser um crocodilo porque amo os grandes rios, pois são profundos como a alma de um homem. Na superfície, são muito vivazes e claros, mas nas profundezas são tranqüilos e escuros como o sofrimento dos homens. Amo ainda uma coisa dos nossos grandes rios: sua eternidade. Sim, o rio é uma palavra mágica para conjugar eternidade".

VF: Conte-nos um pouco da biografia de Rosa.

JJBP: Ele nasceu em 27 de junho de 1908. Em 1918, estudava no Colégio Arnaldo de Belo Horizonte. Fez medicina. Participou como oficial-médico da Revolução constitucional de 1932. Em 1936, "Magma", seu primeiro livro, recebe prêmio. De 1938 a 1946, com apoio de seu amigo João Conde lança Sagarana. Em 1948 foi médico e diplomata. Em 1951, chefe de Gabinete de João Neves da Fontoura. Em 1956, escreve Grande Sertão: Veredas e Corpo de Baile. Em 1962, lança Primeiras Estórias. Em 1967 lança Tutaméia (Terceiras Estórias). E em 19 de novembro de 1967, morre, depois de tomar posse da Academia Brasileira de Letras. Ele tomou posse no dia 16 de novembro, três dias antes. E dizia : "As pessoas não morrem; ficam encantadas". Morreu de enfarte. De 1969 a 1970 a Livraria José Olímpio Editora lançou dois livros póstumos: Estas Histórias e Ave, Palavra.

VF: Quantas de suas estórias foram transformadas em filmes?

JJBP: Oito estórias foram transformadas em filmes: Grande Sertão: Veredas em 1963 [depois, novela pela Rede Globo], de Renato e Geraldo Santos Pereira; A Hora e a Vez de Augusto Matraga, de Roberto Santos em 1966; Sagarana, o Duelo, de Paulo Thiago em 1972; Noites do Sertão, de Carlos Alberto Prates Corrêa em 1984; A Terceira Margem do Rio, de Nelson Pereira dos Santos, em 1994; Outras Histórias, de Pedro Bial, em 1999 e, recentemente, em 2007, Mutum, de Sandra Kogut e Aboio, de Marília Rocha.

- Literatura recomendada: O Mundo do sertão para o mundo (artigo de Eliziane Lara).

* Manoel Amaral é pós-graduado em Direito Público, escritor, pesquisador, autor do livro "História de São Gonçalo do Pará" e cinco obras (ebooks) de interesse de Prefeituras e Câmaras Municipais, residente em Divinópolis-MG. Escreve em sua página na internet no seguinte endereço: http://osvandir.blogspot.com/.

- Contato com José João Bosco Pereira: joseboscolpp@bol.com.br

- Fotos: Divulgação.

- Produção: Pepe Chaves.

© Copyright 2004-2008, Pepe Arte Viva Ltda.

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J B Pereira e https://www.facebook.com/orquestra.ribeirobastos.52
Enviado por J B Pereira em 05/11/2020
Reeditado em 05/11/2020
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