Gabriel, filho meu. Teu adeus, ainda não consegui digeri.

As feridas abertas sangram em meu corpo, em minh' alma.

Não consigo dizer que tudo foi fácil,

Passaram 19 anos, e ainda sofro.

Deveria já ter curado tudo isso,

Mas, agora quase 2 décadas,

Minha vida se transformou.

Você veio com amor ao lado de Alexia Cristina, minha primogênita,

Meu bebê, minha menina.

Sabe Gabi, sei que tantas coisas mudaram, 

Sobre a questão do coração, da questão das doenças pulmonares.

Avançaram as pesquisas,

E, muitas ditas por mim aos médicos do Hospital São Paulo na época, 

Mas, como era uma simples mãe, 

Muitos não me deram atenção,

A não ser o doutor Ronaldo, do Hospital Santa Marina;

Hoje, Gabi, você ainda me inspira,

Sim, sei que é dor a poesia,

Mas, você Gabi me ensina a perdoar, e pedi perdão.

Sei que sou passional, e hoje quero te dizer que a vida renasce todos os dias,

E, você é parte principal de minhas poesias e de meu eu.

Hoje você faz parte dos Anjos de Deus.

 

Manuscrita em 2/ 11/ 2020.

Mamãe.

Tereza Cristina G Castro

Tios Amália e Jair no dia 23 de Maio de 1999. Nosso Batismo.
Vovô  Francisco  e vovó Deonilde seus outros netos: Matheus, Emmanuel, Anna Clara, e Alexia Cristina, minha irmazinha. 
Nossa prima Vera, aqui todos de vermelho. Eu e a Alexia no colo dela.