Uma mulher de olhos claros
Texto: Miriam Carmignan
Homenagem para uma mulher de olhos claros
Uma mulher muito bonita, um belo porte, olhos claros, cabelos castâneos e curtos, altiva e sempre se mantinha esbelta.
Tinha muito bom gosto para com o seu vestir, eram roupas simples, mas bem traçadas, deixavam-na atraente e bela!
Tanto que alguém em especial, um jovem adolescente que fora estudar fora e que havia se ausentado do lugar em que eles viviam, ao voltar de sua jornada, surpreendeu-se ao reencontrá-la tão bela! Apaixonou-se, e imediatamente, casou-se com ela.
Formaram uma bela família. Ela mantinha-se numa postura de mulher sábia junto com os seus familiares e cultivava as boas amizades. Sempre buscava o que queria de bom para a sua vida. Era muito respeitada, cuidadosa e estava sempre atenta para os acontecimentos...
Estudou por pouco tempo, mas para a época era o suficiente, aprendeu a ler e escrever, era muito habilidosa em muitas “artes” ... Fazia tudo com maestria, conforme fora ensinada na condição de mulher. Ensinamentos maternos, como dizia ela.
Enquanto que ele, o homem que se apaixonou pela mulher de olhos claros, que saiu muito cedo do seu lar materno, foi estudar longe... Já havia percorrido por diferentes lugares e bem distante de sua terra natal. Era formado em suas letras preferidas e, ao voltar, afeiçoou-se pelo encanto desta bela mulher.
Ele, um jovem encantador! Homem, já com muita maturidade e que muito já conhecia da vida, pelas vivências comprometidas em lugares desconhecidos que enfrentou com muitas bravuras.
Não sentindo firmeza com as ideologias propostas com os seus mentores, resolveu voltar e enfrentar a vida.
Martelou os dedos de um colega noviço, e para sua terra natal ele voltou. Regressou para o seu precioso e agraciado ninho. Pais, familiares e amigos...
E foi lá que o seu coração bateu forte e sentiu as eternas branduras do amor junto dela.
Constitui um lar, construi uma casa, serrilhando as madeiras, fazendo seus próprios móveis num aconchego fraterno. Com o saboroso chimarrão na madrugada e o fogo aceso, junto dela. A bela mulher com seus belos olhos claros.
Desta formosa união, uma frondosa família, com rebentos diferentes e com suas peculiaridades individuais.
Todos muitos sábios e fazendo conforme os seus desejos. Valoravam seus progenitores e com amor cuidaram deles quando envelhecidos e doentes. Por eles fizeram e alguns benefícios para eles foram deixados.
Valores, aprendizagens, heranças monetárias mediantes suas conflituosas economias. Eles se foram. E agora? Só restaram saudades e muitas nostalgias, vontade de saber mais de suas vivências e histórias, para compartilharmos com seus descendentes, que certamente, muito lhes são queridos.
E eles? O que usufruíram?... Instantaneamente se foram...
Homenagem para esses queridos e amados familiares que tanto fizeram e pouco usufruíram... São as nossas raízes mais valorosas. Que partiram... Nossos irmãos, pais, avós... Saudades, sim, permitiram-nos florir...
Tinha muito bom gosto para com o seu vestir, eram roupas simples, mas bem traçadas, deixavam-na atraente e bela!
Tanto que alguém em especial, um jovem adolescente que fora estudar fora e que havia se ausentado do lugar em que eles viviam, ao voltar de sua jornada, surpreendeu-se ao reencontrá-la tão bela! Apaixonou-se, e imediatamente, casou-se com ela.
Formaram uma bela família. Ela mantinha-se numa postura de mulher sábia junto com os seus familiares e cultivava as boas amizades. Sempre buscava o que queria de bom para a sua vida. Era muito respeitada, cuidadosa e estava sempre atenta para os acontecimentos...
Estudou por pouco tempo, mas para a época era o suficiente, aprendeu a ler e escrever, era muito habilidosa em muitas “artes” ... Fazia tudo com maestria, conforme fora ensinada na condição de mulher. Ensinamentos maternos, como dizia ela.
Enquanto que ele, o homem que se apaixonou pela mulher de olhos claros, que saiu muito cedo do seu lar materno, foi estudar longe... Já havia percorrido por diferentes lugares e bem distante de sua terra natal. Era formado em suas letras preferidas e, ao voltar, afeiçoou-se pelo encanto desta bela mulher.
Ele, um jovem encantador! Homem, já com muita maturidade e que muito já conhecia da vida, pelas vivências comprometidas em lugares desconhecidos que enfrentou com muitas bravuras.
Não sentindo firmeza com as ideologias propostas com os seus mentores, resolveu voltar e enfrentar a vida.
Martelou os dedos de um colega noviço, e para sua terra natal ele voltou. Regressou para o seu precioso e agraciado ninho. Pais, familiares e amigos...
E foi lá que o seu coração bateu forte e sentiu as eternas branduras do amor junto dela.
Constitui um lar, construi uma casa, serrilhando as madeiras, fazendo seus próprios móveis num aconchego fraterno. Com o saboroso chimarrão na madrugada e o fogo aceso, junto dela. A bela mulher com seus belos olhos claros.
Desta formosa união, uma frondosa família, com rebentos diferentes e com suas peculiaridades individuais.
Todos muitos sábios e fazendo conforme os seus desejos. Valoravam seus progenitores e com amor cuidaram deles quando envelhecidos e doentes. Por eles fizeram e alguns benefícios para eles foram deixados.
Valores, aprendizagens, heranças monetárias mediantes suas conflituosas economias. Eles se foram. E agora? Só restaram saudades e muitas nostalgias, vontade de saber mais de suas vivências e histórias, para compartilharmos com seus descendentes, que certamente, muito lhes são queridos.
E eles? O que usufruíram?... Instantaneamente se foram...
Homenagem para esses queridos e amados familiares que tanto fizeram e pouco usufruíram... São as nossas raízes mais valorosas. Que partiram... Nossos irmãos, pais, avós... Saudades, sim, permitiram-nos florir...
Texto: Miriam Carmignan
Homenagem para uma mulher de olhos claros