O JARDIM DA SAUDADE...

E, neste jardim da saudade, descansam em paz as almas de quem já se fora desta para a outra vida, jardim, este, bem arejado e bem zelado, com ruas com

números, cada qual no seu jazigo, mais ou menos bonito, de acordo ao poder aquisitivo dos seus familiares...

E até os pássaros fazem silêncio quando adentram este jardim, os gatos não miam, e os cachorros não latem, devido o alto grau silente deste lugar, e os transeuntes andam de jazigo à jazigo, na procura dos seus entes queridos até que se os encontrem, e fazem orações e acendem velas e colocam flores em memória daquele que se vê in memorian...

E é meio que surreal ter que dizer de que, até aqui neste lugar silente existem divisões sociais, pois os mais ricos possuem os lugares de mais destaque, ou sendo, estão sempre à frente do jardim para quem chega, e os menos requisitados de poder aquisitivo, esses estão atrás de quem é rico, ou seja, até aqui se nota divisão entre pobres e ricos e vice-e-versa...

Não bastando ter de se aturar diferenças sociais entre os vivos, também se tem de aturar tais motivos entre os mortos, isso posto é meio que um ato abusivo moral explícito de que se presencia e, enfim, que tudo não continue assim e que, num dia desses, se venha à saber de que tais atos torpes deixaram de existir, para isso acontecer, que se conscientize de que se está errado e se deve mudar...

FELIZ DIA DE FINADOS

Josea de Paula
Enviado por Josea de Paula em 31/10/2020
Código do texto: T7100676
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