FADA EREMITA.

À bela musa dos passos leves como plumas,

À (minha) magnífica Dama de Veneza.

Ó, meu dormente estado de êxtase.

Veneza faz-se tão pequena ao teu encanto!

Tua doce voz aos pássaros agrada o timbre.

Eu, tão jovem mercador, aos teus graciosos luxos cedi.

Afiada é a tua língua;

Que amaldiçoa os fascinados, mas acaricia os idólatras.

Satírico é o teu humor;

Que escarnece os seduzidos, mas agracia os amantes.

Mulher e maldita!

Da minha boca somente saem palavras de agrado.

Dos meus dedos escrevo-te este amor obstinado.

Santa e bendita!

Minha fada eremita.

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À mais bela dama que caminha pelo Cosmos dedico as palavras aqui rabiscadas. Embora jamais se aproximem de tua grandeza, todas as outras também serão sobre ti.

Ophelia
Enviado por Ophelia em 22/10/2020
Reeditado em 22/10/2020
Código do texto: T7093197
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