FADA EREMITA.
À bela musa dos passos leves como plumas,
À (minha) magnífica Dama de Veneza.
Ó, meu dormente estado de êxtase.
Veneza faz-se tão pequena ao teu encanto!
Tua doce voz aos pássaros agrada o timbre.
Eu, tão jovem mercador, aos teus graciosos luxos cedi.
Afiada é a tua língua;
Que amaldiçoa os fascinados, mas acaricia os idólatras.
Satírico é o teu humor;
Que escarnece os seduzidos, mas agracia os amantes.
Mulher e maldita!
Da minha boca somente saem palavras de agrado.
Dos meus dedos escrevo-te este amor obstinado.
Santa e bendita!
Minha fada eremita.
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À mais bela dama que caminha pelo Cosmos dedico as palavras aqui rabiscadas. Embora jamais se aproximem de tua grandeza, todas as outras também serão sobre ti.