AFRESCO
Eu pinto de madrugada
Deixo a cama no lugar
Desperto na matutina
Antes do galo cantar.
Sem papel e sem caneta
Com pincel numa das mãos
Pinto as letras nas paredes
Onde passam a multidão.
Alguns dentro dos seus carros
Outros em pé na condução
Enxergam na pintura carioca
Com os olhos do coração.
O meu nome é Gentileza
Poeta da solidão
Muito mais do que palavras
Pinto versos de oração.