Ao Náufrago Judeu

Está é uma homenagem aos judeus do holocausto. Que descansem em paz. Em tempos de crise e pobreza são lembrados. Que a humanidade nunca trilhe esses caminhos da guerra e da indiferença social.

Ao judeu cabalista que alcançou e estudou a Cabalá da Prosperidade com afinco, mas não dedicou-se a Cabalá da Empatia e perdeu-se em egocêntricos pensamentos e conselhos de guerra, bem como vendeu-se por refúgio. Que não seja esquecido por seus estudos atômico-nucleares e que seus filhos sempre assistam o curta do templo de Salomão brilhando e Nagasaki e Hiroshima ardendo em chamas com crianças e mulheres chorando e gritando após o estouro da bomba euro-norte-americana.

A maior e mais insensata demonstação de indiferença está manifesta em tempos de crise onde o Deus da Guerra ouve a súplica dos carentes e miseráveis, enquanto o Deus do Amor não encontra mais devotos. Então, a legião de demônios corruptores vêm e aponta onde estão os celeiros, os cofres e os bens. A semadura da Inveja nasce como a grama após a chuva despindo os ricos e acumuladores de tesouros de sua ostentação. Gasta-se mais com segurança privada que com doações. Como viemos pelados para esse mundo, os que ajuntam passam a tratar os que não ajuntam com indiferenças e intolerâncias, sem se dar por conta de que daqui nada levaremos. Logo, estamos em conflitos por poder. Incêndios dos revoltosos queimam tudo. O que sobra são apenas darwinismo social e tirania além de luto aos inocentes sem reconhecimento pátrio ou étnico, que de alguma forma, foram sacrificados pelas decisões de seus governantes e militares. Quando as negociações entre os homens de bem falham, os desafortunados pagam o preço.

Meu luto ao cientista judeu que prosperou mas naufragou em ambições. Sua bomba e teoria da relatividade relativizaram a vida de milhares e refutaram os valores de sua religião. Perdeu-se em cobiça e cedeu poder ao ceifador de almas.

Meus sentimentos.