NATHÁLIA PRESENTE
Presente de Deus!
Defensora dos seus,
Dos meus, de quem vem.
Menina branca de alma preta.
Só faz o bem...
Não importa quem!
Nessa senzala moderna:
Quem é branco?
Quem é preto?
Tudo é gente!
Tudo é alguém!
A cor? O que tem?
Intenso feito um furação,
Dura pouco esse tufão.
E logo vem a calmaria.
Somos todos filhos de Maria.
É chegada a hora da colheita,
Arrancar a erva daninha.
Raios de Oyá,
Hora aqui,
Hora lá.
Quem pode prever?
Quem pode aparar?
Quem vai tentar?
Quer mudar o mundo,
Quer a si mudar.
Mulher menina,
Verdadeira,
Simples,
Nathália!
Está presente,
Nosso presente,
Graças a Deus!
Ela é verso,
Muito longe da prosa.
Ela é o próprio vulcão,
E Quando menos se espera,
Entra em erupção...
Sai da boca tão pequena,
Um enorme palavrão;
Desculpa ela minha gente,
É só força de expressão!