LARA I
Quem a quinze
Esquece o quinze
Contrário ao quente
É sempre frio
Conta ainda o sol em gêmeos
Ar do gênio dos zodíacos
Anunciou a tia da senzala
A vinda da deusa doméstica
Roubada dos braços de Mercúrio
O anjo da acrópole de Atenas
No instante da sua chegada
Rasgou o silêncio
Num choro contínuo
Orava aos deuses do olimpo
Fez da carne sua mortalha
Recebeu seu nome intuído
A casa é sua deusa Lara